Dados do Trabalho
Título
COMPLICAÇOES POS OPERATORIAS DO TRANSPLANTE AUTOLOGO DE CONJUNTIVA PARA TRATAMENTO DE PTERIGIO USANDO SUTURA
Introdução
O ptrigio é uma patologia ocular caracterizada por proliferação fibrovascular de tecido conjuntival sobre a superfície corneana. O tratamento do pterígio é essencialmente cirúrgico, e os principais objetivos da cirurgia são o bom resultado estético e baixas taxas de recidivas e complicações. Atualmente, os melhores resultados vêm sendo obtidos por técnicas envolvendo o transplante autólogo de conjuntiva com fixação do enxerto com sutura. Essa técnica apresentou resultados melhores que o método tradicional, de esclera nua. As principais complicações cirúrgicas descritas na literatura são a perda do enxerto, granuloma, hemorragia, leucoma e dellen corneano. Nosso objetivo principal no estudo foi elaborar um perfil epidemiologico e dos fatores de risco sobre as reincidias e complicações do pterígio primário e seu tratamento
Métodos
Trata-se de um estudo longitudinal retrospectivo e analítico envolvendo pacientes operados para exérese de pterígio com transplante autólogo de conjuntiva fixado com sutura no em serviço particular, na cidade de João Pessoa-PB, entre 2005 e 2013. O acompanhamento destes pacientes foi de 38,7 ± 25,9 meses (de 6 a 103). Avaliaram-se: idade, se pterígio primário ou recidivado, grau e invasão do pterígio, existência de complicações pós-operatórias e recidivas. A técnica utilizada nos procedimentos foi baseada na descrita por Kenyon et al.(1) com algumas modificações
Resultados
Dos 73 olhos operados com sutura, cinco (6,85%) apresentaram complicações. Dois apresentaram granuloma, um complicou com melting corneano (8º dia), um com dellen (6º dia) e um com neovascularização corneana (42º dia). A análise estatística não revelou correlação entre as variáveis sexo, ser primário ou recidivado, idade ou grau do pterigio e complicações pós-operatórias. O sexo do paciente também não teve relação com a recidiva do pterígio. Tanto as recidivas quanto as complicações pós operatórias não sofreram influência da idade dos pacientes. Também não houve relação entre o fato do pterígio ser primário ou recidivado com a presença de complicações pós-operatórias e recidivas.
Conclusões
O uso do transplante autólogo de conjuntiva vem se consolidando como a principal escolha dos especialistas para tratamento do pterígio, e mostrou-se uma técnica, segura, eficaz, com baixo índice de complicações e recidivas
Palavras Chave
pterigio, sutura, transplante autologo
Arquivos
Área
Miscelânea
Instituições
Santa Casa de Misericordia de Sao Paulo - São Paulo - Brasil
Autores
Rafael Farias Borges, Kenzo Saito Tomishige, Livia Andrade Freire, Carlos Magalhaes Franca Filho, Daniel Alves Montenegro