UVEITE ANTERIOR EM PACIENTE COM PROVAVEL DISTROFIA RETINIANA
DISCUTIR, ENTRE OS COLEGAS, UM CASO CLINICO DESAFIADOR
Feminino, 25 anos, dona de casa, recentemente divorciada, refere BAV AO crônica (há cerca de 4 anos), pior à noite. Há cerca de 1 mês notou piora da BAV. Há poucos dias iniciou com diplopia vertical em OE.
Também refere cefaléia no último ano.
História recente de sofrer violência doméstica.
Previamente saudável. Nega uso de medicamentos.
À admissão (10/11/16): AV=OD: 20/125 OE:MM PIO=14 AO
BIO: OD: calmo, PKs finos e fibrina, CAF com 2+/4+ céls, pigmentos irianos em cristalóide ant., VA com 1+/4+ céls.
OE: calmo, PKs granulomatosos e fibrina, CAF com 2+/4+ céls, sinéquias posteriores às 5, 7 e 9 horas, VA com 1+/4+ céls.
Fundoscopia: AO: haze vítreo discreto, edema intenso do disco, fundo mosqueado, lembrando “espículas ósseas”.
Foram realizados retinografia, OCT, AFG e ICG-A.
Exames de sangue infecciosos e reumatológicos sem alterações. Teste tuberculínico não reator. RNM de encéfalo e órbitas sem alterações.
Eletrorretinografia de campo total: ausência de respostas registráveis nas fases escotópica e fotópica.
Um teste genético será realizado em breve para auxiliar na elucidação do tipo de distrofia genética.
Casos desafiadores requerem uma extensa e dispendiosa investigação. Mesmo assim, nem sempre conseguimos elucidar o diagnóstico.
distrofia retiniana; uveíte anterior; edema de papila bilateral
Úveites
Clínico
HOSPITAL SÃO GERALDO - Minas Gerais - Brasil
LAURA ALVES VALLE, FERNANDA BELGA OTTONI PORTO, DANIEL VITOR DE VASCONCELOS SANTOS