Título

ANÁLISE DO NÚMERO DE TRANSPLANTE DE ESCLERA NAS DIVERSAS REGIÕES DO  BRASIL NO PERÍODO DE 2014 A 2018

Introdução

A cirurgia de transplante de órgãos diz respeito a uma das técnicas médicas mais difundidas nas últimas décadas, consolidando-se cada vez mais como um dos maiores avanços da medicina. Entre esses órgãos, o olho é um dos que possui alguns tecidos passíveis de doação, são eles: córnea e esclera. No que se refere a esclera, ela, como todos os tecidos, pode ser sítio de afecções propriamente oculares ou até mesmo refletir manifestações sistêmicas. Isso se manifesta, principalmente, nos casos de esclerite infecciosa, queimaduras, traumatismos e complicações pós-operatórias – defeitos esclerais nos quais a prática cirúrgica referida é habitual.

Método

Trata-se de um estudo transversal, cujos dados foram obtidos por meio de consulta a base de dados SIH/SUS (Sistema de Informações Hospitalares do SUS), disponibilizados pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Analisou-se os dados de 2014 a 2018 que descrevem o número de transplantes de esclera nas diferentes regiões brasileiras.

Resultados

Foram realizados 601 transplantes de esclera no período de 2014 a 2018. A região Sudeste apresentou a maior prevalência de transplantes de esclera, totalizando 297 (49,41%), em seguida da região Sul, onde foram realizados 188 (31,28%). Em oposição, a região Norte apresentou 72 (11,98%) transplantes de esclera, seguida da região Centro-Oeste apresentando 29 (4,82%) e, por último, a região Nordeste com 15 (2,49%). No estado de Santa Catarina, foram realizados 123 transplantes de esclera (20,46%), exibindo o maior número de transplante entre todos os estados do país.

Conclusões

O estudo realizado demonstrou que o número de transplantes de esclera no Brasil tem diminuído nos últimos anos, exceto pela região Sul. Tal fato demonstra a provável necessidade tanto do aprimoramento de técnicas, posto que se refere a um recurso com inúmeras vantagens, quanto do fornecimento de informação para a população brasileira acerca da importância do transplante de órgãos, prática que não possui custo e diz respeito a um ato humanitário, podendo beneficiar muitos pacientes sem distinção de sexo, raça, credo e demais particularidades.