ENFRENTAMENTO DA MORTALIDADE INFANTIL NA 3.ª REGIONAL DE SAUDE DO ESTADO DO PARANA
A mortalidade perinatal tem sido um dos indicadores mais utilizados quando o objetivo é avaliar as condições de saúde de uma determinada população e o seu estudo pode revelar informações valiosas sobre a qualidade da assistência prestada à mulher no ciclo grávido-puerperal, ao feto durante o pré-natal, como também ao recém-nascido, na sala de parto e nos primeiros dias de vida. Estratégias de combate a mortalidade materno-infantil falharam em reduzir significantemente a mortalidade neonatal, cujo componente neonatal precoce (de zero a seis dias) sofreu menor redução. Considerando que a taxa de mortalidade infantil é um indicador de grande relevância na aferição de resultados na Saúde Pública e que a taxa de mortalidade infantil na 3.ª Regional de Saúde do estado do Paraná atingiu em 2014 uma taxa de 13,66, maior que a taxa estadual, que apresentou uma taxa de 11,20 no mesmo ano, por si só já justifica a implantação do Projeto. A importância de trabalhar um tema com magnitude e abrangência regional associada a preocupação dos gestores e profissionais de saúde com esse indicador, somando-se a imprescindibilidade de se desenvolver estrategicamente ações que contribuam para a redução da mortalidade infantil na 3.ª RS/PR é de muita relevância para o SUS especialmente no momento em que os índices de mortalidade infantil na região voltaram a subir.
Nenhuma modificação do plano de ação inicial.
O projeto encontra-se em fase de implantação neste momento. Foi apresentado em reunião do CRESEMS da 3.ª Regional de Saúde do Paraná,sendo aprovada a sua implantação e encaminhada para pauta da CIB Regional que igualmente aprovou o Projeto de Aplicação.
Considerando que o projeto encontra-se em fase de implantação neste momento, ainda não se pode responder a este questionamento.
Entre os principais obstáculos se pode citar:
A baixa qualidade da assistência no pré-natal;
Falta de bons programas de Planejamento Familiar;
Grande número de óbitos por causas evitáveis;
Dificuldade de realização de exames laboratoriais em tempo oportuno;
Ausência de sistematização hospitalar no cuidado do pré-parto, do parto e do pós-parto pela equipe multiprofissional;
Rede bem estruturada mas que na prática apresenta diversas falhas como a falta de comunicação e de compromisso das equipes;
Modelo de atenção a saúde fragmentado, desarticulado e com baixa eficiência;
Desarticulação entre a gestão e a assistência;
Processo de gestão em saúde no modelo normativo, com baixo uso de evidências nos processos decisórios.
E como elementos facilitadores, é que o grupo tem governabilidade política e técnica para a articulação junto ao CRESEMS e Regional de Saúde, com suporte técnico e acadêmico para o desenvolvimento do projeto aplicativo bem como de monitoramento regional de dados e aplicabilidade nos municípios.
O principal fator crítico para o sucesso do Projeto Aplicativo é a adesão dos gestores dos municípios envolvidos.
Junto com isso, a desarticulação entre a gestão e assistência existente na maioria dos municípios, com um baixo uso de evidencias nos processos decisórios. Também se deve considerar como fatores críticos, a gestão inadequada da oferta de exames laboratoriais e imagem de acordo com o protocolo e a falta de Programa de Educação Permanente na Atenção Básica relativos a Atenção ao pré natal.
O principal seria reduzir a taxa de Mortalidade Infantil na 3.ª RS/PR. Além de:
- Diminuir a taxa de mortalidade perinatal na 3.ª RS/PR;
- Viabilizar a integração entre a gestão e a assistência;
- Melhorar a qualidade das consultas de pré-natal;
- Implantar projeto de Educação Permanente referente a Assistência Materno Infantil nos Municípios da 3.ª RS/PR.
ESPIE - Gestão de Políticas de Saúde Informadas por Evidências
Secretaria Municipal de Saúde - Paraná - Brasil
JULIO CEZAR SANDRINI, Pamella Holleben Costa, Vera Rita Maia, Gislaine Ayako Tanaka