Dados do Trabalho


Título

ANALISE DOS FATORES DE RISCO PARA DOENÇA RENAL CRONICA: COMPARATIVO ENTRE A DEFINIÇAO TRADICIONAL DE HAS E A PUBLICADA PELA AHA EM 2017

Introdução

Doença Renal Crônica (DRC) apresenta alta prevalência na população mundial, sendo HAS um importante fator desencadeador/contributivo para DRC. Associado a isso destaca-se a nova classificação de HAS desenvolvida pela American Heart Association (AHA) em comparação com a tradicional usada no Brasil como mecanismo diagnóstico e preditor. Objetivo do trabalho é analisar prevalência de DRC na população de Fortaleza, comparando eficiência entre as classificações.

Material e Método

Estudo de caráter transversal, realizado entre os anos de 2009 e 2015 em Fortaleza, Ceará, por meio de atividades de extensão realizadas em terminais de ônibus, shoppings e praças públicas, sendo verificado idade; sexo; raça; DM, HAS; doença cardiovascular e doença renal prévias e familiares; tabagismo; prática de exercício físico; uso de medicamentos; além de medidas antropométricas; aferição de pressão arterial e glicemia e presença de proteinúria/hematúria. Foram usadas para classificação da HAS a classificação tradicional, usada normalmente no Brasil, e a nova classificação de 2017 desenvolvida pela AHA, que fixa o diagnóstico de HAS em PAS≥130/PAD≥80mmHg.

Resultados

Estudo incluiu 3336 participantes com média de idade de 49,5±16,3anos, dos quais 1762(52.8%) eram mulheres. Idosos(≥60anos) correspondem a 29.2% da amostra, enquanto crianças e adolescentes correspondem a 2,7%. Em relação às comorbidades, 418(12,5%) participantes sabiam ser portadores de DM, 1085(32,5%) de HAS, 299(9,0%) de doença renal, 284(8,5%) de doença cardiovascular, 615(18,4%) eram tabagistas, 1994(59,8%) sedentários, 996(29,9%) sobrepeso, 573(17,2%) obesos leves (IMC=30–40) e 128(3,8%) obesos mórbidos. Caso apresentem o mesmo valor de PA em outra ocasião, 1391 (41,7%) seriam classificados como hipertensos segundo a classificação tradicional de HAS, ao passo que 2487(74,6%) seriam hipertensos de acordo com a nova classificação AHA 2017. A classificação tradicional apresentou sensibilidade de 51,8% especificidade de 59,2% para detectar doença vascular, enquanto nova classificação apresentou sensibilidade e especificidade de 79,2% e 25,8%, respectivamente. A nova classificação da AHA foi mais sensível para detectar doença renal, proteinúria e hematúria. Idosos e obesos foram mais frequentemente classificados como hipertensos em ambas as classificações.

Discussão e Conclusões

A nova classificação apresenta uma sensibilidade maior quando comparada com a tradicional em detrimento da especificidade, que apresentou uma queda considerável em todos os parâmetros analisados.

Palavras Chave

Doença Renal Crônica

Área

Doença Renal Crônica

Instituições

Universidade de Fortaleza - Ceará - Brasil, Universidade Federal do Ceará - Ceará - Brasil

Autores

Matheus de Sá Roriz Parente, Sávio de Oliveira Brilhante, Guilherme Aguiar Forte, Pedro Eduardo Andrade de Carvalho Gomes, Sergio Luiz Arruda Parente Filho, Matheus Marques Martins Alexandre, Dionisia Lorrana de Sousa Damasceno, Brenda Luiza de Paiva, Geraldo Bezerra da Silva Junior, Elizabeth De Francesco Daher