AVALIAÇAO DO PRIMEIRO COMPARTIMENTO EXTENSOR DO PUNHO PELA RESSONANCIA MAGNETICA EM PACIENTES NORMAIS E SUA RELAÇAO COMO CAUSA DE DE QUERVAIN
O primeiro compartimento é formado pelos tendões do músculo abdutor longo e extensor curto do polegar. Provavelmente é o local com maior número de variações anatômicas de tendões no membro superior. Estas variações são comuns, sendo a maioria delas assintomática e descobertas acidentalmente durante a cirurgia.
Estudar variações anatômicas do primeiro compartimento extensor do punho através de ressonância magnética.
O estudo constituiu uma pesquisa retrospectiva em exames de ressonância magnética de punhos realizados em instituição privada de radiologia. Originaram 94 exames num total de 94 punhos (53 do sexo feminino e 41 do sexo masculino). Três leitores analisaram o primeiro compartimento extensor, sendo observado: o número de tendões do abdutor longo do polegar ( ABL), número de tendões do extensor curto do polegar (ECP), local de inserção dos tendões do ABL (base do primeiro metacarpo, trapézio, abdutor curto e oponente do polegar) e área da secção transversa total (ASTT) do primeiro compartimento no estiloide radial. Um feixe do tendão foi definido como uma estrutura presente em ≥ 5 cortes contíguos com sua própria inserção. Como critérios de exclusão: imagens que sugerem tenossinovite De Quervain.
De acordo com número de ALP, o mais comum foi a presença no primeiro túnel extensor de 1 ALP (52%), seguida por 2 ALP (46%). Todos os exames com um tendão do ALP tiveram como inserção a base do 1º metacarpo. Quando 2 ALP presentes, 1 tendão sempre se inseriu na base do 1º metacarpo; o outro ALP se inseriu na maioria no trapézio (32/44 exames) ou novamente na base do 1º metacarpo (9/44 exames). Três tendões do ALP foram encontrados somente em um exame, todos com inserções na base do 1º metacarpo. Um tendão ECP foi a apresentação mais comum (93/94 exames).
Encontrou-se variações de arranjos dos tendões e suas inserções ao comparar os dois lados em casos bilateral, embora a simetria entre os lados foi mais comum. Apesar do número pequeno (n= 20), variações bilaterais não foram estudas previamente por exames de RM. Não foi possível detectar a compartimentação, pois usamos como critério de exclusão a tenossinovite de De Quervain, não sendo possível distinguir com confiança a compartimentação.
O estudo da RM de punho demonstrou-se como um bom método de imagem para avaliar as variações anatômicas do primeiro compartimento, como número de tendões e suas inserções distais, o mesmo não sendo valido para sua compartimentalização.
Primeiro compartimento extensor, abdutor longo do polegar, anatomia, variações.
ANATÔMICO
hospital dos clinicas do paraná UFPR - Paraná - Brasil
Marcela Penna, Roberto Luiz Sobania, BRUNO FRANCIOLI CELINSKI