Dados do Trabalho


Título do Caso / Title of Case

RETALHO DE ANCONEO PARA RECONSTRUÇAO DE LESAO CRONICA DE TRICEPS DISTAL

Resumo / Abstract

RESUMO
Introdução e objetivo: Rupturas da inserção distal do tríceps são consideradas raras, representando cerca de 0.8% das rupturas tendíneas do membro superior. [1] O mecanismo de lesão mais comum é o da aplicação súbita de força excêntrica contrária em um tríceps contraído. Vários fatores de risco estão relacionados: insuficiência renal crônica, bursite olecraniana, injeção de corticoide, endocrinopatias, artrite reumatoide, diabetes e o uso de esteroides anabolizantes.[2,3,6]
O quadro clínico envolve dor súbita, perda funcional, edema e equimose no cotovelo durante prática de exercício físico, alguns pacientes relatam audição de estalido súbito e percepção de espaço palpável proximal ao olécrano.
A ruptura do tríceps distal com perda completa da extensão ativa do cotovelo é diagnosticada em apenas 20% dos casos, facilitando indicação de cirurgia precoce. Rupturas parciais ou preservação da extensão do cotovelo pela expansão lateral do tendão podem levar à falha ou atraso no diagnóstico.[3] Em casos de rerrupturas ou lesões crônicas a retração do tendão ou a má qualidade deste, dificultam ou impossibilitam o reparo direto, estando indicada a reconstrução do tendão [2,4,5]
Descrevemos nesse artigo a técnica cirúrgica utilizada para tratamento de paciente que apresentava lesão crônica total de tríceps distal direito, com 2 meses de evolução. Essa técnica dispensa a necessidade do uso de enxerto de tendão autólogo ou heterólogo, desde que o músculo ancôneo esteja preservado e a inserção rota do tríceps seja redutível ao footprint.
O paciente é operado em decúbito dorsal, torniquete aplicado na parte mais superior do braço, que é apoiado no tórax do paciente. É realizado acesso posterior no cotovelo, com identificação e preservação de nervo ulnar, ancôneo e tendão do tríceps retraído. Desenvolvemos então o espaço entre ancôneo e extensor ulnar do carpo. O músculo ancôneo é levantado da ulna apenas o suficiente para transpô-lo para medial, atuando assim com extensor do cotovelo. Sua inserção distal deve ser preservada. Realizamos então aposição de âncora de 4.5mm em região mais profunda do olecrano e dois túneis mais superficiais. Após sutura do tipo Krackow em ancôneo e porções do tríceps, realizamos a reinserção no olecrano nesses três pontos.
O paciente é imoblizado por 3 semanas, com o cotovelo em flexão de 30 a 60º e então é encaminhado à fisioterapia. Orientamos evitar sobrecarga do cotovelo por 6 meses.
Descritores:

Área

CASO CLÍNICO

Instituições

CLINICA ARTICULAR - Ceará - Brasil, Instituto Dr Jose Frota (IJF) - Ceará - Brasil

Autores

Joao Mamede, Thomaz Alexandre Costa

Patrocinador Master

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Unimed

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