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XX Jornada Nacional de Imunizações SBIm 2018

XX Jornada Nacional de Imunizações SBIm 2018

Windsor Oceânico Hotel - Rio de Janeiro /RJ | 26 a 29 de Setembro de 2018

Dados do Trabalho


Título

COBERTURA VACINAL PARA FEBRE AMARELA NUMA COORTE DE PACIENTES VIVENDO COM HIV/AIDS.

Introdução

Desde 2017, a febre amarela tem ocorrido de maneira endêmica em várias regiões do Brasil, o que desencadeou a partir de março de 2018, a implantação da vacinação em todo território nacional. A cobertura vacinal de imunossuprimidos e da população em geral, entretanto, ainda está abaixo do desejado.

Material e Método

Após aprovação do Comitê de Ética institucional, um projeto para avaliar a percepção de pacientes sobre a Febre amarela e sua vacina, iniciou-se a coleta de dados sobre a vacinação contra febre amarela num serviço universitário de referência para pacientes que convivem com HIV/AIDS em São Paulo. Dados foram colhidos nos prontuários médicos e nas carteiras de vacinação dos pacientes.

Resultados

dados de 130 crianças, adolescentes e jovens (65 infectados – grupo HIV e 65 expostos não infectados – grupo ENI) foram obtidos. A idade do grupo ENI variou de 12 a 173 meses (média: 76,2m e mediana 64,0m) e do grupo HIV variou de 120 a 374 meses (média:236,5m e mediana 245,0m). Receberam a vacina 49/130 pacientes avaliados (37,7%): 21/65 pacientes do grupo HIV (32,3%) e 28/65 pacientes do grupo ENI (43,1%). No grupo HIV 41/65 (63,1%) pacientes apresentavam controle da replicação viral, 17 dos quais receberam a vacina (41,5%); 4/ 24 (16,7%) pacientes com carga viral detectável foram vacinados. Na época da vacinação, o grupo HIV tinha 21 pacientes com controle da replicação viral. Indivíduos infectados pelo HIV devem receber a dose padrão da vacina e o encaminhamento ao CRIE, é feito após avaliação das condições clínicas e imunológicas; devido às campanhas, quatro pacientes com replicação viral se apresentaram sem informar sua situação de infectados pelo HIV e receberam a vacina fracionada – todos tinham contagem de CD4 < 500 cél/mm3 e dois deles apresentavam CD4 < 200 cél/mm3. Nenhum paciente apresentou evento adverso significante.

Discussão e Conclusões

Apesar da preocupação com a doença, o aumento do número de casos e alta letalidade, a cobertura vacinal ainda é baixa. No estado de São Paulo, apenas 52,4% da população-alvo foi vacinada. Não só a vacinação dos infectados pelo HIV, mas das crianças expostas e não infectadas no grupo avaliado esteve abaixo de 50%. Entre pacientes que convivem com hiv/aids, a preocupação com a imunossupressão e possíveis eventos adversos à vacina, aumenta as dificuldades para se obter taxas de cobertura vacinal adequadas. Considerando-se a baixa cobertura entre nossos pacientes, um esforço de sensibilização está sendo feito para melhorar a vacinação.

Palavras Chave

HIV, AIDS, Febre amarela, cobertura vacinal

Área

Imunizações

Instituições

Escola Paulista de Medicina / UNIFESP - São Paulo - Brasil

Autores

Suenia Vasconcelos Beltrão, Janaína Oliveira Pires Teixeira, Fabiana Bononi Carmo, Aída Fátima Barbosa Gouvêa, Daisy Maria Machado, Regina Célia Menezes Succi