Ineficácia de uma Linha de Cuidado para pessoas com Diabetes Mellitus (DM) e Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) no município de Alegrete – RS
Ao longo do Curso de Preceptoria no SUS, percebemos a potencialidade do Preceptor para articular a Rede de Saúde. Nosso Grupo Afinidade definiu como prioritário o problema da baixa articulação entre as redes de serviços do município de Alegrete para a implantação das ações de preceptoria do Sistema Único de Saúde (SUS) para o Projeto Aplicativo (PA), escolhida através de vivências do grupo. Município do Rio Grande do Sul possui uma população de 78.003 habitantes (IBGE, 2017) e cobertura de Atenção Básica de 90,02%, com 20 Equipes de Estratégia de Saúde da Família (ESF) contemplando de forma satisfatória a necessidade de atendimento em saúde. Conta com o Hospital Santa Casa de Alegrete, filantrópico regional, sendo em média 72,69% do seu atendimento voltado ao SUS. Embora o município tenha uma Linha de Cuidado (LC) para Pessoas com Doenças e Agravos Não Transmissíveis percebe-se que as ações ainda são incipientes para atingir resolutividade. Ao longo do curso fomos delimitando o problema e definimos que seria um Projeto Piloto. O PA está sendo aplicado nas ESFs Saint Pastous e Vera Cruz e na atenção hospitalar, na unidade Posto 3 do Hospital Santa Casa, tendo o preceptor como articulador da LC em Diabetes Mellitus (DM) e Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), com o objetivo de reduzir a morbimortalidade destes agravos. As ações iniciais foram reuniões periódicas entre a atenção básica e Hospital e oficinas integradoras, a fim de explicar o projeto a ser desenvolvido e acolher ideias das equipes. Estimulamos o uso dos Cadernos de DM e HAS do Ministério da Saúde nas ESFs e, no Hospital, a implementação de Protocolos de Operação Padrão de HAS e DM. Ao final, pretendemos realizar uma análise do impacto das ações através de dados secundários da situação de saúde no município e de morbimortalidade nestas unidades.
Consideramos que o maior desafio foi a construção do PA. Acreditamos que agora o principal desafio a ser enfrentado é a resistência dos profissionais das equipes, tanto das ESFs quanto da unidade hospitalar. Manter uma rotina de escuta periódica com estes profissionais sobre os processos de trabalho tem sido fundamental. O papel do preceptor nesse processo de transformação de paradigmas e como agente busca o envolvimento da equipe estará auxiliando nesta mudança.
Significam que precisamos mudar atitudes para transformar os resultados, e isso fará a diferença na busca de qualidade nos serviços oferecidos para a comunidade.
A preceptoria só vem a somar com as ações já realizadas no nosso município, ela tem o caráter inovador na gestão e nos processos de trabalho em saúde. A análise sistemática de desenvolvimento do projeto trará informações que serão implementadas posteriormente na Linha de Cuidado das DANTs na rede de saúde do município. O monitoramento deve ser constante, envolvendo todos os atores como protagonistas deste cuidado e dando sustentação para vencer os desafios.
PRM/PSUS - Preceptoria de Residência Médica / Preceptoria no SUS
SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE ALEGRETE E HOSPITAL SANTA CASA DE ALEGRETE - Rio Grande do Sul - Brasil
MAIANA PINHEIRO DOS SANTOS, MARCIA FERREIRA DAMBROS