Dados do Trabalho

TÍTULO

Diagnóstico diferencial de lesão pigmentada perianal - um relato de caso de nevo melanocítico

OBJETIVO

Relatar caso de lesão rara perianal e realizar revisão na literatura sobre o diagnóstico diferencial das lesões pigmentadas do canal anal.

MÉTODO

Revisão do prontuário e acompanhamento médico de um único paciente e levantamento da literatura da prevalência dos diferentes tipos de lesões pigmentadas em canal anal.

RESULTADOS

Revisão do prontuário e acompanhamento médico de um único paciente e levantamento da literatura da prevalência dos diferentes tipos de lesões pigmentadas em canal anal.

Resultados: DFS, 35 anos, com queixa de desconforto e abaulamento em região anal há um ano. Sem sangramento. Nega alteração do hábito intestinal. Refere dificuldade para higienização anal. Nega comorbidades ou cirurgias prévias, sem histórico de câncer colorretal na família.
Ao exame anal: na inspeção estática, nota-se abaulamento anal às 5 horas, com proeminência do anoderma e presença de pigmentações enegrecidas esparsas. Na inspeção dinâmica, identificado mamilo hemorroidário grau II adjacente ao plicoma, às 5 horas. Sem mais achados no toque retal ou na anuscopia. Solicitada colonoscopia: bom preparo, avaliado até íleo terminal, sem alterações. Realizada hemorroidectomia + exérese de plicoma anal com margem concêntrica de dois centímetros da lesão pigmentada de pele e encaminhado para biópsia. ANP: Nevo Melanocítico do tipo Composto; Presença de componente juncional com hiperplasia lentiginosa, atipias citológicas leves, fusão de tecas, hiperplasia escamosa associada, e fibrose na derme papilar. Presença de discreta e esparsa migração pagetoide de células na mucosa malpighiana.
Margens livres de Lesão. Aguarda imunohistoquímica.

CONCLUSÕES

Os névos melanócitos são lesões raras do canal anal. A hipótese de melanoma deve ser considerada, pois apesar de rara, tem um prognóstico reservado. Porém, subentende-se que nem toda lesão escurecida de canal anal se trata de doença maligna. A ressecção de lesões pigmentadas de canal anal é necessária, uma vez que o diagnóstico diferencial só é possível através do anatomopatológico e muitas vezes, necessita lançar mão da imunohistoquímica.

PALAVRAS CHAVE

Névo melanocítico, doença hemorroidária, plicoma anal