Dados do Trabalho


TÍTULO

MORTALIDADE POR CÂNCER COLORRETAL EM PACIENTES COM MENOS DE 50 ANOS

OBJETIVO

Analisar as internações por Câncer Colorretal no Brasil entre 2015-2019, em pacientes com idade entre 0 e 49 anos.

MÉTODO

Estudo transversal, analítico e com abordagem quantitativa, com amostra de 377.984 indivíduos que morreram em decorrência de neoplasia maligna de cólon (CID-10 C.18) e neoplasia maligna de reto (CID-10 C.20), no Brasil (2015 - 2019) por meio do  Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS). As variáveis utilizadas foram: faixa etária (0-49 anos), sexo, região.

RESULTADOS

A amostra foi composta por 377.984  sujeitos que foram internados em decorrência de câncer colorretal entre os anos 2015-2019. Destes, os indivíduos com menos de 50 anos representaram 21,23% do número de internações (80.274). No período estudado, houve uma queda de 0,76% entre 2015 e 2016 (15.723-15.604), com consequente crescimento contínuo. As internações seguem tendência crescente em relação à faixa etária, sendo os indivíduos entre 40-49 anos os mais acometidos dentro do grupo estudado (60,90%). Em relação aos sexos, os resultados foram semelhantes, com o sexo feminino tendo prevalência 8,19% maior em relação ao sexo masculino (41.717 - 38.557). A região sudeste foi a mais acometida pela neoplasia de cólon e reto com 33.518 casos (41,75%), seguida da região sul, com 23.189 (28,88%). A região com menos casos foi a região norte (2.419). Nesse período, 4.202 indivíduos foram a óbito. Houve um aumento crescente do número de mortes, excetuando-se entre 2016 e 2017, em que houve uma queda de 1,65% (844 - 830). A faixa etária que apresentou maior número de mortes foi dos indivíduos entre 40-49 anos (66,39%). Entre os sexos, as mulheres apresentam número de óbitos e mortalidade sutilmente maiores que os homens (1.915 - 2.287). O número de óbitos foi condizente com a população e demografia das regiões, tendo a região sudeste o maior número de óbitos (2.073), seguida pela região sul (825) e nordeste (800), as regiões com maior população geral e na faixa etária de maior risco dentro do grupo estudado (40-49). No entanto, apesar de ter o menor número de mortes (211), a taxa de mortalidade é a maior do país no período observado principalmente na região norte, o que indica vulnerabilidades de seu sistema de saúde.

CONCLUSÕES

A partir da análise dos dados, concluímos que as internações por câncer colorretal tem tendência crescente, com prevalência no sexo feminino e nas idades mais avançadas que foram integradas no estudo. Acredita-se que devido aos maus-hábitos alimentares, com predomínio de alimentos industrializados, a região sudeste apresentou o maior número de internações, seguida pela região sul, que também apresenta frequência semelhante de consumo de alimentos industrializados. Por fim, é essencial manter os cuidados realizando o rastreamento contra o câncer colorretal realizado nos períodos recomendados, pois quanto mais prévia a detecção, maiores as chances de sobrrevida.

PALAVRAS CHAVE

Epidemiologia, Neoplasias colorretais

Área

CÂNCER COLORRETAL

Instituições

Universidade de Fortaleza (UNIFOR) - Ceará - Brasil

Autores

MELISSA MACEDO PEIXOTO NASCIMENTO, PEDRO HENRIQUE ARAÚJO MARQUES, EDUARDO LUIS DE OLIVEIRA BATISTA, PEDRO HENRIQUE PINHEIRO COSTA