Dados do Trabalho

TÍTULO

USO DE PROBIOTICOS NO TRATAMENTO DA DOENÇA INFLAMATORIA INTESTINAL

OBJETIVO

Determinar por meio de uma revisão sistemática a eficácia do uso de probióticos no tratamento da doença inflamatória intestinal (DII) com ênfase na evolução clínica e laboratorial dos pacientes.

MÉTODO

Foram analisados os estudos publicados originalmente na língua inglesa, entre abril de 2015 a janeiro de 2019, tendo como referência as bases de dados da plataforma Pubmed. Foram considerados apenas os ensaios clínicos controlados e randomizados (ECCR). As variáveis avaliadas foram: evolução clínica dos pacientes, complicações, escore de Mayo e composição da microflora. Os pacientes incluídos nos estudos apresentavam diagnóstico de DII confirmado e sem nenhum tratamento com probiótico anterior, ou uso de antibiótico nos últimos 3 meses. Foram excluídos pacientes lactantes, gestantes, com diabetes, infecção, artrite reumatoide, dependência de esteróides, insuficiência renal ou doenças cardíacas graves.

RESULTADOS

Fizeram parte do escopo desta revisão 3 ECCR, que preencheram os critérios de seleção. Os estudos analisados envolveram 405 pacientes. Com o uso de probióticos nos pacientes com DII, os estudos demonstraram a redução de cepas como Escherichia coli, Enterococcus, Saccharomyces, etc. e o aumento Bifidobacterium e Lactobacillus, demonstrando a eficiência em restaurar a flora intestinal (p < 0.05). Os resultados também demonstraram uma melhora efetiva na condição e evolução clínica geral dos pacientes, além de uma menor recorrência de enterite entre os pacientes com DII que fazem o uso de probióticos. Foi percebido ainda que não
houve discrepância entre os grupos estudados no escore de Mayo, no entanto, o uso de probióticos aumentou a eficácia da ação do anti-inflamatório e reduziu o tempo de recuperação da doença. Em um dos estudos, nenhuma complicação como desconforto abdominal, náuseas ou diarreia foi observada ao uso do probiótico.

CONCLUSÕES

Esta revisão confirma os benefícios dos probióticos na abordagem terapêutica de pacientes com DII, melhorando a composição da microbiota e aumentando a eficácia do tratamento com anti-inflamatório. Tendo em vista a concordância entre os resultados dos ECCR,
demonstra-se vantagem na associação do uso de probióticos com o tratamento anti-inflamatório das doenças inflamatórias intestinais.

PALAVRAS CHAVE

Colite, Doença de Crohn, Probióticos