Dados do Trabalho


TÍTULO

AVALIAÇAO DA SINDROME POS-RESSECÇAO ANTERIOR DO RETO PARA O TRATAMENTO DE CANCER RETAL EM UM SERVIÇO DE RESIDENCIA DE COLOPROCTOLOGIA NOS ULTIMOS CINCO ANOS

OBJETIVO

Mesmo com o advento de cirurgias minimamente invasivas, o tratamento de tumores de reto abaixo da reflexão peritoneal continua sendo um desafio. Uma quantidade significativa desses pacientes desenvolve, no pós-operatório, sintomas de urgência evacuatória, incontinência para flatos e fezes, evacuações múltiplas e fracionadas; estes, determinam a Síndrome de Ressecção Anterior do Reto (LARS). Este trabalho objetivou identificar a incidência e o grau de acometimento da LARS em pacientes com câncer de reto submetidos a ressecção anterior do reto com excisão total do mesorreto nos últimos cinco anos, na nossa instituição. Além disso, objetivou verificar se os fatores sexo, idade, radioterapia pré-operatória e anastomose grampeada ou manual se relacionam com a presença e o grau de acometimento da síndrome.

MÉTODO

O estudo foi realizado através de pesquisa do prontuário eletrônico e aplicação de questionário desenvolvido pelo autor e da versão em português do score de LARS. As variáveis analisadas, foram: sexo, idade, distância do tumor da margem anal, anastomose grampeada ou manual, radioterapia neoadjuvante, ileostomia protetora, tempo até a reconstrução do trânsito intestinal, tempo desde a reconstrução do trânsito intestinal e a entrevista, e grau de intensidade de LARS.

RESULTADOS

Foram avaliados 61 pacientes e o estudo indicou que, destes, 24,5% não desenvolveram a síndrome; 27,9% tinham LARS pouco intensa; e 47,6% apresentaram LARS muito intensa. Em todas as situações, o tratamento estatístico de dados demonstrou a inexistência de relação entre qualquer das variáveis.

CONCLUSÕES

A pesquisa concluiu que mesmo em serviços especializados, a incidência de LARS é alta devido aos efeitos estruturais e funcionais da retirada do reto; embora não exista tratamento específico, seu controle deve envolver equipe multidisciplinar, sendo, portanto, fundamental a compreensão do paciente e o diagnóstico precoce para iniciar medidas que diminuam o impacto na qualidade de vida.

PALAVRAS CHAVE

Síndrome de ressecção anterior do reto, LARS, câncer retal

Área

CÂNCER COLORRETAL

Instituições

SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE BELO HORIZONTE - Minas Gerais - Brasil

Autores

JORDÂNIA ALKMIM JORDÃO, ILSON GERALDO DA SILVA, GUILHERME DE ALMEIDA SANTOS, MANUELA PEREIRA LIGER, FABIO GONTIJO RODRIGUES, LUCAS BANTERLI VINHAS, JONE PEREIRA DA SILVA, MATHEUS DUARTE MASSAHUD