Dados do Trabalho


TÍTULO

RESPOSTA DURADOURA A REEXPOSIÇÃO A OXALIPLATINA EM 3° LINHA E SOBREVIDA ALCANÇADA EM PACIENTE COM ADENOCARCINOMA DE RETO METASTÁTICO

INTRODUÇÃO

Tendo em vista a sobrevida cada vez maior dos pacientes com câncer colorretal metastático, é de grande interesse médico proporcionar ao paciente um menor perfil de toxicidade associado ao melhor controle da doença, contando com técnicas de tratamento sistêmico e local.

RELATO DE CASO

R.O, 68 anos, masculino, com diagnóstico de Adenocarcinoma de Reto alto em 2013, estádio IV (metástase em fígado ao diagnóstico), RAS e BRAF selvagem, Sem instabilidade microssatélite, NTRK e HER2 negativo.
Realizou 1o linha com XELOX + Avastin (12 ciclos) e fase de manutenção com Protocolo Cairo 3 (Capecitabina + Avastin) (12 ciclos).
Progressão hepática, nodal e local em PET de Outubro de 2016. Realizou metastasectomia hepática e segunda linha quimioterápica com FOLFIRI + Cetuximabe (12 ciclos) e Cetuximabe de manutenção (25 ciclos).
Nova progressão pulmonar e hepática em Maio de 2017. Submetido a metastasectomia pulmonar e 3° linha com mFOLFOX6 + Avastin, realizou 51 ciclos com doença estável. Total de sobrevida de 84 meses.
Paciente foi a óbito por complicações de COVID19, em Dezembro de 2020.

DISCUSSÃO

Nota-se no caso em questão uma boa resposta a re-exposição da Oxaliplatina na terceira linha, sendo uma importante opção em pacientes com doenças sem terapias alvos como no caso apresentado.
Também é relevante observar como a terapia de manutenção com menor número de drogas, mantém um longo período de sobrevida livre de progressão, tanto na primeira quanto na segunda linha de tratamento. Essa prática reduz o perfil de toxicidade e melhora a tolerância e a qualidade de vida do paciente.
O tratamento de manutenção vem recebendo atenção de vários estudos. O estudo FOCUS4, inclusive traz a opção de descontinuidade da terapia oncológica como uma prática a se considerar em pacientes com baixa tolerância a terapia oncológica, já que se observou que sobrevida global é semelhante quando se comparou o uso de quimioterapia (Capecitabina) ou de placebo na manutenção.
Uma boa escolha de sequenciamento de terapia sistêmica associada a técnicas para o controle local da doença colorretal metastática tem como resultado uma sobrevida bastante razoável.
Nesse relato de caso é interessante verificar que a sobrevida do paciente é o aproximadamente dobro observada nos estudos, em geral entre 36 a 42 meses.

PALAVRAS CHAVE

câncer colorretal metastático, quimioterapia.

Área

CÂNCER COLORRETAL

Instituições

Rede Mater Dei de Saúde - Minas Gerais - Brasil

Autores

MATHEUS MATTA MACHADO MAFRA DUQUE ESTRADA MEYER MEYER, ENALDO MELO LIMA, RENATA CAMPOLINA VELOSO, MARIA CAROLINA MOREIRA MARTINS COSTA, LUIZ FELIPE SOUZA GUEDES, ANNA ELISA TEIXEIRA CAMPOS MELO, AMANDA GOMES DA SILVA OLIVEIRA, DANIELA DE MATOS ALVES COSTA