Dados do Trabalho
TÍTULO
USO DE SIMULADORES NO ENSINO DA COLONOSCOPIA: UMA REVISAO SISTEMATICA
OBJETIVO
O objetivo deste estudo é revisar sistematicamente, por meio de uma abordagem quantitativa, os diferentes tipos de simuladores de colonoscopia (SC) e suas respectivas validações como ferramentas de ensino e desenvolvimento de habilidades na colonoscopia.
MÉTODO
Foi feita uma pesquisa na base de dados da MEDLINE até junho de 2021, utilizando os Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) “simulator” e “colonoscopy”, adicionados do operador booleano “AND”. Não houve restrição quanto ao ano de publicação ou quanto ao idioma.
Os critérios de inclusão foram estudos originais que tinham como tema central o uso de SC cujo modelo tenha sido especificado, seja de alto ou de baixo custo. Foram excluídos estudos sobre simuladores de endoscopia digestiva alta e colangiopancreatografia retrógrada endoscópica, além de revisões de literatura e artigos que não atendiam ao tema.
Os artigos elegíveis foram revisados por três revisores e qualquer desacordo foi resolvido por discussão.
RESULTADOS
Dos 656 artigos encontrados, 38 estudos foram elegidos para a revisão sistemática, com o ano de publicação entre 1998 e 2020, com a maioria sendo estudos de coorte prospectivos.
Foram incluídos na revisão sistemática, entre os artigos elegíveis, 24 SC, que podem ser agrupados em quatro categorias distintas: realidade virtual (RV), físicos, modelos animais e cadáveres humanos. 54,16 % dos SC tratavam-se de simuladores de RV, sendo eles: AccuTouch Colonoscopy Simulator (n = 3), KAIST-Ewha Colonoscopy Simulator (n = 2), Simbionix GI Mentor I e II (n = 2), OlympusEndoTS−1virtual Reality Simulator for Colonoscopy, Gastro-Sim Flexible sigmoidoscopy simulator, HT Immersion Medical Colonoscopy Simulator, CAE Simulator e MILX Gastro-Sim, além de outro cujo nome não foi descrito. Os simuladores físicos representam 30% do total encontrado, sendo 62,5% destes de baixo custo. Uma minoria de simuladores eram modelos animais e cadáveres humanos, representando apenas 8,33% e 4,16% do total, respectivamente.
Quanto à validação, percebe-se que os simuladores que apresentam validação completa (validação de face, de conteúdo e de constructo) representam 30,77% do total de simuladores de RV, 25% do total de simuladores físicos, 50% dos simuladores de modelo animal e 100% dos simuladores de cadáveres humanos. Esses, juntos, correspondem a 30% do total de SC incluídos na revisão.
CONCLUSÕES
Os simuladores de RV são os que apresentam mais modelos descritos e validados como ferramentas de aprendizado do colonoscopista. Contudo, eles possuem alto preço no mercado, o que pode gerar dificuldade de acesso. Assim, os simuladores físicos de baixo custo surgem como uma alternativa, bem como os modelos em tecido de animais e cadáveres, apesar de menor evidência de validação na literatura e certas limitações de técnicas.
PALAVRAS CHAVE
colonoscopia, treinamento por simulação, ensino
Área
MISCELÂNEA
Instituições
Universidade Federal de Juiz de Fora - Minas Gerais - Brasil
Autores
GABRIEL SEIXAS DE SOUZA, DANIEL HELENO MARIANO , MARCOS PAULO MORAES SALES, JOAO HENRIQUE SENDRETE DE PINHO , LORRANE VIEIRA SIQUEIRA RISCADO, CRISTIANE DE SOUZA BECHARA