Dados do Trabalho


Título

ANEURISMA GIGANTE EM FISTULA ARTERIO VENOSA CEFALICO-BRAQUIAL PARA HEMODIALISE

Introdução

A Especialidade de Cirurgia Vascular oportuniza ao Cirurgião atuar em várias frentes, dentre elas a confecção de acessos para hemodiálise, e os desafios são constantes. Seja pela gravidade do caso, pelas doenças associadas, pela anatomia do paciente, ou por se tratar de reoperações. Como todo procedimento cirúrgico, a acesso para hemodiálise também está sujeito a complicações. As tromboses são as complicações mais frequentes, 80 % em algumas séries. Também podem ser observadas outras complicações, não trombóticas, como sangramento, hematoma, infecção, entre outras. Faz parte da tarefa do Cirurgião, acompanhar, identificar, e prevenir falhas no acesso.

Relato de Caso

Relatamos o caso do paciente J.C., 68 anos, submetido a confecção de FAV para hemodiálise em Outubro de 2013, Cefálico-Braquial, na prega cubital esquerda. Em hemodiálise por 4 anos, de 2013 a 2016, quando foi submetido a Transplante Renal. Suspensa a hemodiálise, e permaneceu em acompanhamento clínico com o Nefrologista. Há 3 anos, desde 2016, notou o surgimento de tumoração no braço esquerdo, com aumento progressivo. Nos últimos 12 meses iniciou quadro de dor local e parestesia no antebraço aos movimentos. Manifestou desejo de ter removida a tumoração e foi encaminhado ao Cirurgião Vascular. Foi solicitada à equipe de Nefrologia autorização para a realização do tratamento cirúrgico do aneurisma.

Discussão

Os aneurismas e pseudo aneurismas das FAV’s estão associados ao um maior risco de trombose, dor, infecção, erosão e sangramento, dificuldades para acessar o sitio de punção, além do comprometimento estético, que era a maior queixa neste caso. É definido como tendo diâmetro da veia 3 meses maior que o segmento normal. Ocorre em 2 a 10% durante a vida útil da FAV. Podem ocorrer em sítio de punção, anastomose ou mesmo em veia nativa. A indicação de correção se dá baseada nos sintomas. O tratamento endovascular com implante de endoprótese deve ser reservado para enxertos com PTFE e em curtos segmentos. Optamos pela Aneurismectomia devido à necessidade de ressecção da grande massa. O paciente se manteve no pós operatório com pulsos radial e ulnar presentes, e perviedade ao acompanhamento com Doppler contínuo e ao Eco Doppler.
Consideramos a opção pela Cirurgia aberta adequada para o caso, devido às grandes proporções do aneurisma e a não elegibilidade para o tratamento endovascular.

Palavras Chave

Fístula arterial venosa, aneurisma, hemodiálise

Área

CIRURGIA VASCULAR

Instituições

Climago, Santa Casa de Misericórdia de Santos - São Paulo - Brasil

Autores

Mariano Gomes