Título

AÇAO DA VASH1 COMO POSSIVEL BIOMARCADOR DE PROGNOSTICO NA CARCINOGENESE DO ADENOCARCINOMA COLORRETAL

Objetivo

O câncer colorretal é o segundo tipo de câncer de maior letalidade no mundo. Os biomarcadores são indicadores de processos biopatogênicos com aplicabilidade na oncologia. A vasoibina-1 (VASH1) atua suprimindo a angiogênese, processo relacionado à carcinogênese, e vem sendo apontada como biomarcador, entretanto o potencial prognóstico ainda é controverso. Sendo assim, objetiva-se avaliar o potencial da VASH1 como biomarcador de prognóstico em adenocarcinoma colorretal.

Método

Tecido saudável, adenoma e carcinoma colorretal (n=72) foram submetidas à análise anatomopatológica. Foi determinado o grau de displasia; adenomas foram classificados em Yamada e carcinomas em estadiamento TNM; assim como contagem de microvasos; e, determinação da imunoexpressão de VASH1. A análise estatística foi feita adotando p ≤0,05.

Resultados

Os pólipos foram caracterizados como sésseis (50%), elevados (28,57%) ou pediculados (21,42%) e adenomas tubulares (71,42%) de baixo grau (78,47%). Já os carcinomas foram predominantemente infiltrativos (23,8%) ou úlcero-vegetantes (23,8%) e moderadamente diferenciados (83,3%). Houve correlação direta entre a evolução da carcinogênese e o número de vasos (p<0,01). A análise imunohistoquímica evidenciou que a expressão de VASH1 se relaciona ao menor número de vasos (p<0,01), menor estadiamento (p<0,01), diminuição da infiltração tumoral (T) (p<0,01), ausência de metástase (p=0,003) e aumento da sobrevida (p<0,01).

Conclusões

A neoangiogênese ocorre concomitantemente à carcinogênese. VASH1 surge como biomarcador de bom prognóstico no adenocarcinoma colorretal.

Palavras Chave

Câncer, Angiogênese, Vasohibina, Biomarcador