Dados do Trabalho
Título
ESTUDO RETROSPECTIVO BASEADO EM DADOS ESTATISTICOS SOBRE AS FISSURAS LABIOPALATINAS.
Objetivo
Analisar as causas multifatoriais relacionadas à ocorrência de fissuras labiopalatinas, seus tipos, etiologia e dados epidemiológicos. Pesquisar quais procedimentos são utilizados como tratamento, quando são feitos, e qual sua abordagem.
Método
Foram colhidos artigos científicos desde o ano de 1989 até 2018, que foram lidos, analisados e interpretados, visando realizar um estudo retrospectivo baseado em dados estatísticos. O local de escolha desse material consistiu nas plataformas PubMed, Medscape e Scielo, através de palavras chaves. Além desse material, também foram selecionados dois sites, um deles organizacional chamado Fundação para Reabilitação das Deformidades Craniofaciais (FUNDEF) e o outro site comandado pela USP voltado para o Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais (HRAC).
Resultados
Segundo os dados obtidos pela revisão da literatura, as fissuras labiopalatinas são as malformações congênitas orofaciais mais comum, chegando a uma ocorrência com proporção de 1 para 650 nascidos vivos no Brasil, sendo a raça asiática mais acometida com uma prevalência de 1 caso para 400 a 850 pacientes asiáticos. Em relação aos tipos de fissuras, a labiopalatina é a mais comum, correspondendo a 45% dos casos, seguida pela fissura somente palatal com 30%, e a fenda labial, com 20%. Essa doença acomete principalmente o sexo masculino quando classificada como fenda somente labial ou fenda labiopalatal e o sexo feminino, quando fenda de palato isolada. Quanto à lateralidade das fissuras, podem ocorrer unilateral ou bilateralmente, sendo a unilateral mais acometida, principalmente do lado esquerdo. A etiologia da fissura é definida como sindrômica quando associado concomitantemente com síndromes genéticas, ou não sindrômica que corresponde a 70% dos casos e possui etiologia multifatorial como fatores ambientais e gestacionais. São diversos seus tipos de tratamento, que envolve elaboradas etapas terapêuticas, com a realização de diversos procedimentos cirúrgicos pra que seja corretamente corrigida, o qual varia de acordo com a fase da vida do paciente. Esses procedimentos são iniciados aos 3 meses de vida, com a realização da queiloplastia, quando fissuras bilaterais a segunda queiloplastia e feita aos 6 meses. Aos 12 meses é realizado a palatoplastia para que seja corrigida a fala, não adianta ser feita antes, visando uma boa eficácia da cirurgia. Entre 8 a 10 anos, são feitos os enxertos alveolares ósseo, que correspondem a três procedimentos, e por fim, entre 16 e 20 anos executam-se os procedimentos estéticos.
Conclusões
Por fim, conclui-se que as fissuras labiopalatinas são malformações congênitas extremamente comuns em todo o mundo, acometendo ambos os sexos, que se apresenta de diferentes tipos e locais clinicamente, de acordo com sua classificação. O tratamento é muito amplo, abrangendo um grande suporte multidisciplinar. O prognóstico é bom na maioria dos casos, a criança consegue desenvolver suas funções normalmente, sem sequelas funcionais e estéticas.
Palavras Chave
Fissura Labiopalatina. Fissura Labial. Fissura Palatina. Cleft Lip and Palate. Cleft Lip. Cleft Palate.
Área
CIRURGIA PLÁSTICA
Instituições
Universidade Nove de Julho - São Paulo - Brasil
Autores
Monique Pinto Saraiva Oliveira, Alessandra Marques Figueira Gonzalez