Dados do Trabalho

Título

Transplante hepático em gestante portadora do vírus da imunodeficiência humana com Insuficiência hepática aguda grave em Pernambuco

Introdução

A insuficiência hepatite aguda grave com indicação de transplante é condição de alta mortalidade sem o procedimento cirúrgico. O transplante em gestante e/ou portadores de HIV é condição ainda sem literatura extensa.

Material e Método

Estudo retrospectivo, qualitativo, onde foram resgatados dados em prontuário da paciente.

Resultados

Mulher, 28 anos, em uso de Tenofovir/Lamivudina/Efavirenz para tratamento de HIV, gestante com 15 semanas de idade gestacional, admitida no IMIP com quadro de icterícia progressiva e elevação significativa de transaminases. Equipe de hepatologia em conjunto com infectologia optou por modificação do efavirenz pelo dolutegravir pelo perfil de maior segurança hepática. Investigação laboratorial extensiva e de imagem sem conclusão etiológica. No decorrer dos dias houve piora nas provas de função hepática, surgimento de encefalopatia, entrou dentro dos critérios do Kings College e, em reunião multidisciplinar, optou-se pela inscrição em lista de transplante Após 2 dias em lista, foi submetida ao transplante, procedimento sem intercorrências. No pós operatório imediato houve óbito fetal, a paciente intercorreu com infecções nosocomiais, mas paciente recebeu alta e manteve estabilidade clínica até os dias atuais, cerca de 1 ano após o transplante. Explante sugestivo de autoimunidade.

Discussão e Conclusões

Essa caso ilustra uma situação peculiar de uma portadora de HIV, gestante, evoluindo com insuficiência hepática aguda grave. Na literatura avaliada, raros casos semelhantes encontrados, porém com desfechos desfavoráveis. O transplante de fígado foi medida pioneira em condições semelhantes, porém medida necessária para sobrevivência da paciente. O acompanhamento rigoroso, integrado e multidisciplinar da equipe foi fator determinante para o êxito do caso.

Palavras Chave

Transplante na gestação. Hepatopatia no HIV.