Dados do Trabalho

Título

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO E CLÍNICO DE TRANSPLANTES RENAIS DE UM CENTRO TRANSPLANTADOR EM GOIÁS.

Introdução

O transplante renal (TR) é considerado o tratamento mais eficaz para pacientes com doença renal crônica (DRC) que necessitam de terapia renal substitutiva (TRS). O objetivo do presente estudo foi avaliar o perfil epidemiológico e clínico de um grupo de pacientes transplantados renais de um centro único em Goiás.

Material e Método

Estudo de recorte transversal, realizado ao final de um estudo maior, de pacientes transplantados renais de um único centro de Goiás. O estudo foi de março de 2016 a junho de 2017, sendo a amostra total de 126 pacientes, esta é a amostra avaliada no presente estudo.

Resultados

61.9% dos pacientes eram do sexo masculino, a causa da DRC foi indeterminada em 31.7%, hemodiálise foi a TRS mais comum (95.2%), TR com doador falecido(DF) ocorreu em 59.5% do grupo, função retardada do enxerto (FRE) presente em 52,4% dos casos, tempo de função retardada do enxerto foi ≤10dias em 28.6% dos TR. Taxa de rejeição comprovada por biópsia foi de 27.8% sendo que 14.3% era de rejeição celular aguda. O esquema de imunossupressão mais utilizado foi inibidor de calcineurina, prednisona e ácido micofenólico (61.1%). A taxa de perda de enxerto foi de 1,59% (2/126), não houve perda de pacientes.

Discussão e Conclusões

A taxa elevada de função retardada do enxerto pode ser explicada pela utilização de DF muitas vezes de critérios expandidos, a taxa de rejeição aguda também elevada pode ser justificada pelo não uso de medicação de indução para os casos (disponibilidade econômica do centro), pois em 59.5% dos casos os doadores eram falecidos. Apesar das limitações do estudo, observa-se que em relação sexo, tipo de TRS, tipo de TR, esquema imunossupressor e taxas de sobrevida dos pacientes e enxertos os dados do estudo encontram-se de acordo com a literatura

Palavras Chave

Doença renal crônica, transplante renal, clínica, epidemiologia.