Dados do Trabalho

Título

TRANSPLANTE HEPÁTICO POR METÁSTASE DE TUMOR NEUROENDÓCRINO EM CENTRO ÚNICO – RELATO DE 09 TRANSPLANTES

Introdução

Neoplasia neuroendócrina é uma doença indolente, a ressecção de suas metástases podem levar a melhora da síndrome carcinoide, porém seu impacto real na evolução dos pacientes ainda não é estabelecido. A ressecção possui indicações restritas, podendo ser necessário até o transplante de fígado. Chegam a ser apenas 0,17% dos transplantes hepáticos e pela sua raridade é importante acompanhar a evolução e prognóstico desses pacientes.

Material e Método

Estudo descritivo retrospectivo dos pacientes submetidos a transplante de fígado por metástase de tumor neuroendócrino de serviço de referência no Nordeste de 2001 até abril/2019.

Resultados

Foram realizados 09 transplantes por neoplasia neuroendócrina no período. Predominando do sexo feminino (77%) com média de idade no transplante de 50,7 anos. Dois óbitos em <3 meses de pós operatório, um por sepse em PO precoce, o segundo por sepse abdominal tardia de fistula pancreática, pâncreas ressecado por suposta lesão primária, um achado apenas do intraoperatório. Dois óbitos tardios, um por metástase cerebral com 6 meses de pós-operatório, segundo após 7 anos por progressão da doença em peritônio, achado do intra-operatório. Cinco pacientes são acompanhados sem recidiva com tempo médio de pós-transplante de 24 meses (05-42 meses). Pacientes com síndrome carcinoide tiveram melhora clínica após transplante sem necessidade de medicação. O sítio primário mais comum foi o TGI.

Discussão e Conclusões

Avaliando estes casos os resultados a médio prazo aparentam satisfatórios quando não apresentam doença extra hepática, com melhora da qualidade de vida e dos sintomas da síndrome carcinoide, porém possuímos número de casos e tempo de acompanhamento insuficientes para serem estatisticamente significantes.

Palavras Chave

Transplante de fígado; Tumor neuroendócrino; Síndrome carcinoide.