Dados do Trabalho

Título

Transplante Hepático em paciente com coinfecção HCV-HIV: relato de experiência brasileira inédita

Introdução

A doença hepática é uma das principais causas de mortalidade em paciente com infecção pelo HIV, sendo que a coinfecção HIV-HCV ocorre em 66% a 80% dos casos. A sobrevida após o transplante hepático em receptores hepáticos coinfectados com o HCV-VIH é menor do que em pacientes infectados pelo VHC ou HCV isoladamente, devido à recidiva mais agressiva do HCV

Material e Método

Relato de caso de transplante hepático com coinfecção HCV-HIV

Resultados

Homem de 46 anos, com diagnóstico de cirrose hepática por virus C e falha de tratamento com interferon e ribavirina, e diagnóstico de HIV em tratamento com tenofovir, efavirenz e lamivudina. Sem doença oportunista, carga viral indetectável e CD4 de 580 células. Havia sido incluído na lista de transplante hepático com MELD 18, porém apresentou elevação para 31 devido a peritonite bacteriana espontânea. Após tratamento da infecção, foi submetido a transplante hepático com doador falecido. Evoluiu bem no pós-operatório, sendo extubado no 1° dia de pós-operatório (PO). Foi reabordado cirurgicamente no 4° dia PO por queda de hemoglobina, porém sem achados de sangramento ativo.Reiniciou-se o tratamento com terapia antirretroviral no 14° PO, recebendo alta da UTI no dia seguinte. Recebeu alta hospitalar no 30º e tratamento de HCV com sofosbovir, daclastavir e ribavirina no 7º mês após o transplante, com resposta virológica sustentada. Atualmente, encontra-se bem, sem intercorrências, em seguimento

Discussão e Conclusões

A progressão da cirrose hepática é mais rápida e a sobrevida é menor em pacientes com coinfecção HIV-HCV comparado a monoinfectados por HCV. Entretanto, esse cenário se alterou com o tratamento mais efetivo do HCV; possibilitando resultados melhores para esta população segundo experiência internacional. Relatamos o primeiro caso desse tipo de transplante em nosso meio

Palavras Chave

HIV HCV