Dados do Trabalho

Título

Incidência de infecções no primeiro ano após o transplante renal

Introdução

Dois importantes fatores para um prognóstico bem sucedido no pós-transplante renal são o controle da rejeição e a prevenção/tratamento de infecções, sendo a complicação infecciosa a segunda causa de mortalidade dos receptores. Assim, no primeiro mês após o transplante, o risco de infecção está associado à cirurgia e aos cuidados pós-operatórios, entre o primeiro e o sexto mês, agentes oportunistas se tornam frequentes e, após seis meses, as infecções são em grande parte devido a patógenos adquiridos na comunidade. Portanto, a análise dos episódios de infecções e seus responsáveis permitem determinar diagnósticos mais precisos e reduzir a incidência de complicações infecciosas pós-operatórias

Material e Método

Foram analisados 46 prontuários, nos quais foram observados a incidência e os principais fatores de risco de infecções em pacientes de ambos os sexos maiores de 18 anos no primeiro ano pós-transplante renal

Resultados

41,5% dos episódios de infecções foram atribuídos ao citomegalovírus (CMV), seguidos por infecções do trato urinário (33,96%), a maioria associadas à Escherichia coli e Klebsiella sp. As variáveis: idade (OR 1,18, IC 1,09 – 1,52), retransplante (OR 1,47, IC 1,17 – 2,09), tempo em diálise (OR 1,12, IC 1,02 – 1,18), sorologia positiva para hepatite C prévia ao transplante (OR 1,56, IC 1,32 – 2,11) e sorologia positiva para CMV prévia ao transplante (OR 1,38, IC 1,1 – 1,49) foram identificadas como fatores de risco para episódios infecciosos

Discussão e Conclusões

A infecção por CMV foi a mais frequente, sendo um potencial contribuinte à perda do enxerto. Além disso, idade, retransplante, tempo de diálise, sorologias previas positivas para hepatite C e CMV se mostraram estatisticamente significativos como fatores de risco para infeção.

Palavras Chave

infecção; transplante renal