Dados do Trabalho

Título

Doador e receptor no transplante hepático: como fazer a melhor combinação? - Experiência inicial de um centro transplantador

Introdução

A lista de espera do transplante hepático (Tx) é ordenada por critério de gravidade (Meld), porém, nem sempre o órgão disponibilizado pela Central de Transplantes é utilizado pelo primeiro receptor classificado. Assim, receptores com menor gravidade podem fazer Tx antes daqueles mais graves. Esse trabalho visa analisar o perfil de aceitação de órgãos e sua distribuição na lista de espera de um centro de Tx

Material e Método

Análise retrospectiva de 67 Tx consecutivos feitos no Centro de Tx do Hospital Unimed Sorocaba (CETHUS) entre janeiro/16 e dezembro/18. Excluímos 5 Tx realizados sob critério de priorização. Os demais foram divididos em 2 grupos de acordo com a posição do receptor no momento da oferta do órgão: Grupo 1 (1a a 6a posição na seleção) e Grupo 2 (a partir da 7a posição). Baseando-se no conceito de "Donor Risk Index" (DRI), classificamos os enxertos utilizados para o Tx em 2 grupos: enxertos ideais (DRI < 1,7) e limítrofes (DRI>=1,7). Tempo em lista de espera foi o desfecho primário avaliado

Resultados

No Grupo 1 (n=42), 45,3% dos Tx se utilizaram de enxertos limítrofes, com a média do Meld, puro e corrigido, de 19 e 26, respectivamente. Já o Grupo 2 (n=20) se utilizou de enxertos limítrofes em 65% dos casos, com a média do Meld, puro e corrigido, de 17 e 22, respectivamente. Em relação ao tempo médio em lista de espera, não houve diferença significante, com 124 e 126 dias para os Grupos 1 e 2, respectivamente. A sobrevivência global de toda a amostra foi de 80%, enquanto nos Grupos 1 e 2 foi de 73,8% e 90%, respectivamente

Discussão e Conclusões

A posição do receptor quando da oferta do órgão não foi um critério de seleção para uso de enxertos limítrofes em nosso centro. Assim o tempo de espera pelo transplante foi similar entre os grupos, sem diferença significativa na sobrevida global de pacientes

Palavras Chave

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