Dados do Trabalho

Título

ESCORE D-MELD COMO PREDITOR DE SOBREVIDA NO TRANSPLANTE DE FÍGADO

Introdução

O sistema de alocação de fígado para transplante utiliza o escore MELD como critério de gravidade, priorizando os pacientes com maior chance de morte em lista de espera. A disparidade entre a oferta e demanda de órgãos fez com que as equipes ampliassem os critérios de aceitação e buscassem compreender melhor a relação doador, receptor e evolução do transplante. O escore D-MELD foi definido a partir da necessidade de uma ferramenta para avaliar os riscos de resultados insatisfatórios, utilizando os cofatores com maior impacto no pós-operatório, a idade do doador e o MELD pré-operatório do receptor, e tendo sido definido com boa capacidade preditora da sobrevida pós-transplante quando seu valor esteve acima de 1600 pontos. Este estudo teve como objetivo verificar a associação entre o escore D-MELD e a sobrevida do paciente no transplante de fígado.

Material e Método

Estudo de coorte retrospectivo com pacientes que realizaram transplante na Unidade de Transplante de Fígado de Pernambuco (UTF-PE) entre 2006 e 2016.

Resultados

Foram analisados 588 transplantes. Devido ao perfil da população estudada foi adotado como ponto de corte o valor da mediana. Não encontramos associação entre o escore D-MELD ≥ 570 pontos e a sobrevida do paciente.

Discussão e Conclusões

Ainda não existe um consenso sobre o poder preditivo do escore D-MELD para a sobrevida pós-transplante embora ele seja validado na Europa e nos Estados Unidos. Este é o segundo estudo realizado no Brasil e que evidenciou baixa acurácia desse escore como preditor de morte pós-transplante. Apesar disso, outros estudos devem ser encorajados, e novas associações do D-MELD podem ser testadas melhorando o poder preditivo desse escore.

Palavras Chave

Transplante de fígado, fatores de risco, sobrevivência de enxerto, prognóstico.