Dados do Trabalho

Título

APLICABILIDADE DO USO DE ENXERTOS MARGINAIS NA REALIDADE BRASILEIRA: ESTUDO COMPARATIVO ENTRE TRANSPLANTES RENAIS COM DOADORES DE CRITÉRIO EXPANDIDO E TERAPIAS DIALÍTICAS

Introdução

Entre as terapias renais substitutivas, a mais vantajosa é o transplante renal. Contudo, a desproporção entre disponibilidade e oferta de órgãos motivou uma nova política de alocação de órgãos: transplante com doador de critério expandido, avaliados através do
KDPI (Kidney Donor Profile Index).

Material e Método

Trata-se de um estudo de coorte retrospectivo, realizado em um centro de transplantes e de diálise do Brasil. As informações foram registradas prospectivamente na base de dados informatizada mantida pela instituição, utilizada para a avaliação de desempenho dos principais desfechos do transplante renal, diálise peritoneal e hemodiálise. O desfecho primário em seis anos foi: óbito/perda do enxerto renal nos pacientes transplantados e óbito nos pacientes em terapias dialíticas.

Resultados

Na análise de sobrevida durante os seis anos de estudo, o desfecho de interesse para o grupo de transplantados (TX) com critério expandido foi óbito/perda do enxerto (não houve casos de óbito neste grupo), sendo igual a 13%. Enquanto que para os grupos de HD(hemodiálise) e DP(Diálise Peritoneal) o desfecho foi o óbito, 47,8% e 60,9%, respectivamente. O resultado do teste estatístico indicou diferença significativa entre os grupos quanto ao tempo de sobrevida. Ao comparar os grupos dois a dois, foi observada diferença significativa entre o grupo TX e HD (p=0,001), entre o grupo TX e DP (p=0,001). Não foi encontrada diferença significativa entre os grupos HD e DP (p=0,666).

Discussão e Conclusões

Os resultados encontrados sugerem que a alocação de rins marginais através do KDPI seja uma alternativa viável para diminuir o número de pacientes em lista de espera por um rim. Já que, apesar de crescente, o número de doações de órgãos no Brasil não supre a alta demanda pelos mesmos.

Palavras Chave

Alocação, Transplante Renal, Mortalidade e Sobrevida