Dados do Trabalho


Título

TAXAS DE DESCARTE DE FÍGADOS DE DOADORES FALECIDOS NO RIO GRANDE DO SUL DE 2015 A 2018

Introdução

A maximização do aproveitamento de fígados para transplante é um assunto de importância mundial. A escassez de órgãos e a crescente necessidade de transplante hepático é um problema no Brasil.

Material e Método

Este estudo descreve as taxas de descarte hepático de doadores falecidos e os motivos de descarte desse órgão no Rio Grande do Sul nos últimos quatro anos, usando dados dos prontuários da Central Estadual de Transplantes. A taxa de descarte foi calculada dividindo-se número de fígados descartados pelo número total captado.

Resultados

Foram captados 206 fígados em 2015 , 212 em 2016, 177 em 2017 e 151 em 2018. As taxas de descarte foram de 35%(n= 73) em 2015, 32 %(n=68) em 2016, 23%(n= 41 ) em 2017 e 27% (n=41) em 2018. A alteração morfológica e a má perfusão foram as justificativas de dois terços dos descartes, relatadas pelas equipes de transplante hepático (53 e 23% dos descartes, respectivamente). Outros motivos freqüentemente relatados foram as más condições do doador, a incompatibilidade de tamanho doador-receptor, o tempo de isquemia fria prolongado, a ausência de receptor compatível para o órgão no estado e o receptor sem condições clínicas.

Discussão e Conclusões

Os resultados sugerem uma tendência de diminuição nas taxas de descarte hepático no estado nos últimos quatro anos. Contudo, o não-aproveitamento de fígado captado ainda é superior ao observado em países como os Estados Unidos, cujo descarte tem sido aproximadamente 10%. Novos estudos são necessários para identificar os fatores associados à não-utilização desses órgãos no estado, visando qualificar o processo de doação e captação hepáticos.

Palavras Chave

descarte de fígado; não-utilização de órgãos; captação de órgãos; transplante hepático;

Área

FÍGADO - Registros/Resultados do Centro

Instituições

Central de transplantes - Rio Grande do Sul - Brasil

Autores

Katia da Silva dos Santos, Rafael Ramon da Rosa, Maria de Lourdes Drachler, Sandra Rodrigues dos Santos, Ricardo Klein Ruhling, Sandra Lúcia Coccaro de Souza, Cristiano Augusto Franke