Dados do Trabalho

Título

ORGANIZAÇÃO DE UM PROGRAMA DE TRANSPLANTE RENAL: PAPEL DO SERVIÇO SOCIAL

Introdução

O Brasil é o segundo maior país em volume de transplantes anuais. O objetivo é avaliar a situação de pacientes de um serviço de hemodiálise de saúde suplementar com relação à situação para transplante renal e o tempo decorrido entre o início de diálise e inscrição na fila de transplante.

Material e Método

Após avaliação clínica do paciente da diálise, o Serviço Social encaminha o mesmo para a coleta do HLA. Com o resultado, o paciente é inscrito na fila para doador falecido e o Serviço Social acompanha semanalmente a lista de inscritos. Foram avaliados todos os pacientes em hemodiálise no dia 30/4/2019 com relação a situação para transplante renal. Resultados expressos em mediana (IQR).

Resultados

Dos 262 pacs atualmente em dialise, 128 (49%) são elegíveis para transplante: 56 estão em avaliação e 72 estão ativos em alguma lista de transplante. Contraindicações ao transplante em 134 pacientes: idade > 80 anos (n=55), cardiovascular (n=77) e neoplasia (n=2). Dos 72 pacientes ativos, 50 estão inscritos no programa de transplante renal refêrencia do serviço - idade 49 (39-62) anos, 6 retransplantes, 14 com painel positivo. O tempo entre a primeira consulta e a inscrição na fila foi de 3,51 (1,7-8,5) meses e o tempo entre início da dialise e inscrição foi de 11,4 (5,7-30,1) meses. Houve 1 óbito de paciente ativo na fila.

Discussão e Conclusões

Aproximadamente metade da população em diálise tem alguma contraindicação ao transplante renal. Os pacientes elegíveis são mais jovens e estão todos encaminhados para um serviço de transplante renal. Após a estabilização clínica e laboratorial em dialise, os pacientes são rapidamente inscritos para transplante. O trabalho evidencia o impacto positivo da postura ativa do Serviço Social, reduzindo o tempo para inscrição na fila (média nacional 48+-95m).

Palavras Chave

transplante, hemodiálise, inscrição