Dados do Trabalho

Título

Conhecimento da população em relação ao transplante e à doação de órgãos – Estudo populacional

Introdução

O desconhecimento sobre transplante é razão para 42% de recusa familiar à doação de órgãos no Brasil. Objetivamos identificar o nível de conhecimento sobre doação de órgãos, permitindo ações efetivas.

Material e Método

Estudo transversal populacional. A amostra foi de 1270 indivíduos, residentes em cidade média brasileira, recrutados em área de grande movimentação, de janeiro a março/2018. Após aceite, responderam à entrevista sobre doação de órgãos.

Resultados

A idade foi de 37,1+15,8 anos, 13% idosos. 67,5% se declararam doadores, porém apenas 46,2% informaram a família. 77,2% sabiam da necessidade da autorização familiar para doação, 93,8% autorizariam doação de um familiar após a confirmação de morte encefálica (ME), porém 46% negaria a doação se o familiar não tivesse informado em vida sua opção. Em relação à ME, 38% creem que a doação possa ocorrer independente o tipo de morte e 26,8% acreditam na reversibilidade da ME. Dentre a população idosa, somente 35,4% informaram a família, 40,7% sabem da ME comprovada para que haja doação, e 41,6% acreditam na reversibilidade da ME. Quanto maior a escolaridade, maior é a frequência destes terem avisado os familiares (53,9%) e de serem potenciais doadores (72,2%). Quanto maior a renda familiar, maior o percentual que se considera doador e informou familiares, além de possuírem maior conhecimento sobre ME. Os de religião espírita informam mais a família.

Discussão e Conclusões

Nesta amostra urbana, a maioria se considera doador, mas tem conceitos conflitantes sobre doação, como irreversibilidade da ME. Outro ponto são diferenças em relação às características sociodemográficas. Este estudo pode direcionar ações para reduzir a recusa familiar de doação de órgãos.

Palavras Chave

Transplante. Doação de órgãos. Morte encefálica.