Dados do Trabalho

Título

Perspectiva de transplante com rim de doador falecido de paciente com alelos HLA incomuns: O que fazer?

Introdução

A população do Ceará, região nordeste do Brasil, é oriunda da miscigenação entre os caucasoides europeus e ameríndios. A frequência alélica dessa população difere significativamente de outras regiões do Brasil, como também de outros Países. O objetivo foi analisar a influência dos alelos HLA dos doadores de órgãos do Ceará, no tempo de espera de um paciente norte americano.

Material e Método

Paciente, 40 anos, masculino, grupo O foi inscrito na lista de espera para transplante renal em julho de 2012. Os seguintes dados foram avaliados: alelos HLA do paciente, número de doadores do grupo O efetivados desde 2012, o número de vezes que o paciente entrou no Ranking da Central de Transplantes.

Resultados

Os alelos HLA do paciente são A*01, A*03, B*08, B*08, DR*03 e DR*03. Entre julho de 2012 a março de 2019 foram efetivados 592 doadores do Grupo O, com média de 98,7 doadores/ano. O paciente americano está há 80 meses a espera do transplante. Desde 2012, o paciente entrou 9 (1,5%) vezes no Ranking, porém, em posições após o 10o lugar. Desde a sua inscrição foram realizados 15 PRAs, sendo reagente somente em dois: um PRA de 2015 (Classe I - 8,83%) e o outro de 2016 (Classe II- 0,45%).

Discussão e Conclusões

A média de espera para transplante renal de pacientes do Grupo O em nosso Estado é 13,4 ± 13 meses e a frequência dos alelos do paciente na população de doadores do Ceará é A*01 (13,9%), A*03 (15,2%), B*08 (7,7%) e o DR*03 (16%). Sugerimos que pacientes com alelos HLA incomuns a população de doadores efetivados pelas Centrais de Transplantes Regionais participem do Ranking de doadores a nível nacional para aumentar as chances de transplante.

Palavras Chave

Lista de espera; Transplante renal; Alelo HLA.