Dados do Trabalho

Título

Reinternação por Infecção Bacteriana no pós transplante renal com mesmo esquema imunossupressor, no período de 12 meses

Introdução

O grande desafio em transplantes renais é o manejo das complicações infecciosas que determinam significativamente o aumento da morbidade nesta população.

Material e Método

Estudo Observacional com 119 pacientes transplantados renais com doador falecido no período de maio a novembro de 2017 no HSF. Amostra composta de pacientes com baixo risco imunológico (PRA Negativo), utilizando o mesmo esquema de indução com imunoglobulina anti-timócito (3 mg/Kg- dose única) e manutenção com inibidores de mTor, Tacrolimus e Prednisona.

Resultados

A taxa de infecção com indicação de reinternação foi de 20% (24 pacientes) durante o primeiro ano pós transplante, sendo que 11 pacientes (46%) apresentaram nos primeiros 60 dias, e 6 desses (25%) apresentaram 2 ou mais episódios de infecção. O principal sítio foi a Infecção do Trato Urinário que ocorreu em 10 pacientes (40%). Os que apresentaram quadro de infecção tinham média de tempo em diálise superior (58±49 vs 51±36 meses), e idade do doador inferior(45±15 vs 50±19 anos), quando comparados aos pacientes sem infecção. Não houve diferença entre a idade do receptor, numero de missmatches, doença de base e tempo de isquemia fria entre os grupos. Ao analisarmos somente os pacientes com infecção precoce (< 60 dias), a media da creatinina foi superior no primeiro e segundo mês após o transplante, respectivamente 1.8±1,4 vs 2,3±1,3 e 1,6±1,0 vs 2,4±1,7 mg/dl (p<0,05) ,quando comparados aos pacientes com infecções tardias

Discussão e Conclusões

A infecção no transplante renal com necessidade de internação é frequente no pós transplante e os dados sugerem que, pacientes com risco aumentado para infecção seriam os com maior tempo em diálise e pior função do enxerto renal nos primeiros meses.

Palavras Chave

transplante renal
infecção
reinternação