Dados do Trabalho

Título

IMPACTO DA RESOLUÇÃO 2.173/17 NO PROCESSO DE DIAGNÓSTICO DE MORTE ENCEFÁLICA

Introdução

A morte Encefálica (ME) representa o estado clínico em que as funções cerebrais e do tronco encefálico estão irreversivelmente comprometidas. Os critérios para sua definição foram atualizados pela Resolução CFM 2.173/17, entre as mudanças está o intervalo mínimo de 1 hora entre as duas avaliações clínicas realizadas durante o processo de determinação de ME. Objetivo-se analisar o impacto que tal mudança trouxe no processo de diagnóstico de ME.

Material e Método

Trata-se de um estudo retrospectivo, descritivo, com abordagem quantitativa realizado no Hospital Geral de Fortaleza no período de setembro de 2016 a dezembro 2018. Foram analisados dados dos diagnósticos de ME no período de estudo, através relatórios mensais da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (CIHDOTT) do referido hospital. A partir dos relatórios, construiu-se um banco de dados em planilha que foram analisados utilizando o programa estatístico Statistical Package for the Social Sciences (SPSS). Foram excluídos do estudo os pacientes não oriundos do hospital e aqueles que não concluíram o diagnóstico.

Resultados

Observou-se que, no ano anterior a resolução 2.173/17, a média de horas entre abertura e conclusão do diagnóstico era de 16±10, no período de setembro de 2016 a agosto de 2017. Já entre janeiro e dezembro de 2018, a média foi de 12±8 horas.

Discussão e Conclusões

O resultado diverge moderadamente do encontrado na literatura, onde descrevem que a média do encerramento do protocolo com as provas clínicas foi de 10±6 horas em quatro hospitais no estado do Paraná. Concluiu-se que, os dados apresentados evidenciam uma diminuição do tempo entre abertura e conclusão do diagnóstico de ME, diminuindo assim a possibilidade de perca do possível doador.

Palavras Chave

Enfermagem; Diagnóstico; Morte Encefálica.