Dados do Trabalho

Título

Avaliação de mudanças em estado nutricional e composição corporal no desenvolvimento de diabete melito após o transplante renal

Introdução

Receptores de transplante renal (tx) ganham peso durante o primeiro ano pós-tx. Isso contribui desenvolvimento de diabetes mellitus após o tx (DMPT) e outras anormalidades metabólicas. Objetivo: avaliar as mudanças no perfil do estado nutricional e composição corporal, no decorrer de um ano, em pacientes que se tornaram diabéticos pós-tx.

Material e Método

Coorte observacional prospectivo. Durante o 1º ano, os pacientes foram avaliados imediatamente após a alta hospitalar, 6 meses e 1 ano pós-tx. Composição corporal (BIS), antropometria, consumo alimentar e exames laboratoriais foram avaliados.

Resultados

Foram incluídos 42 pacientes e classificados em três grupos: pacientes que desenvolveram DMPT (8); pacientes que eram diabéticos pré-tx (10) e pacientes que não desenvolveram DMPT (21). Os pacientes de todos os grupos apresentaram ganho de peso, aumento do índice de massa corporal (IMC), aumento da circunferência abdominal, aumento da gordura corporal (inclusive visceral) e aumento da obesidade um ano após o transplante. Os pacientes do grupo DMPT já iniciaram o estudo com maiores índices descritos anteriormente que os pacientes sem DM e mantiveram essa diferença durante as 3 avaliações; além disso, mostraram um aumento desses índices até a segunda avaliação. O tempo médio para desenvolver o DMPT foi de 4,12 ± 3,59 meses nesse grupo. Níveis séricos maiores de tacrolimo foram identificadas nos pacientes do grupo DMPT na 1ª avaliação em comparação aos outros grupos.

Discussão e Conclusões

Ocorrem mudanças na composição corporal um ano após o tx, devido à restauração das funções básicas do rim, novos hábitos alimentares e ganho de peso. Entretanto, instalam-se novas anormalidades metabólicas decorrentes do uso da terapia imunossupressora e dos novos hábitos alimentares.

Palavras Chave

Transplante renal, diabete melito, estado nutricional.