Dados do Trabalho


Título

Taxa de não conclusão de diagnósticos de morte encefálicas por parada cardíaca

Introdução

A não conclusão do diagnóstico de morte encefálica por parada cardíaca irreversível é um motivo que merece atenção. A não conclusão deste diagnóstico inviabiliza a possibilidade da efetivação da doação de órgãos. O objetivo deste estudo é apresentar o panorama dos potenciais doares que não foi concluído o diagnóstico de morte encefálica por parada cardíaca irreversível (PC).

Material e Método

Estudo retrospectivo com abordagem quantitativa. A amostra foi composta pelos potenciais doadores de órgãos e tecidos dos anos de 2016 a 2018 acompanhados por uma Organização de Procura de Órgãos (OPO) sediada em um hospital da região sul do Brasil. Os resultados foram apresentados de forma descritiva.

Resultados

Foram incluídas no estudo 384 notificações de mortes encefálicas de alguns dos hospitais da OPO, sendo 103 em 2016, 144 em 2017 e 137 em 2018. Deste total, 60 (15%) dos potenciais doadores apresentaram PC antes de concluir o protocolo de morte encefálica. Dos potenciais doadores que apresentaram parada cardíaca irreversível, 45 (75%) tiveram como causa da morte o acidente vascular encefálico, 7 (12%) traumatismo crânio encefálico, 3 (5%) encefalopatia hipóxica e, 5 (8%) por outras causas. A média de idade foi 58 anos (± 17,13) e 25 (42%) eram do sexo masculino e 35 (58%) do sexo feminino.

Discussão e Conclusões

Observa-se a necessidade da criação e aplicação de protocolos assistenciais, para o manejo com o PD, a fim de impedir a PC e consequentemente a disponibilidade para efetivação da doação e transplantes de órgãos, visto que a taxa de PC é elevada e em muitas situações previsível e tratável.

Palavras Chave

Morte Encefálica; Doadores de Tecidos

Área

ÉTICA, ENFERMAGEM, COORDENAÇÃO - Estatísticas locais

Instituições

Hospital São Lucas da PUCRS - Rio Grande do Sul - Brasil

Autores

Dagoberto França Rocha, Luciana Maria Caccavo Miguel, Daiana Saute Kochhann