Dados do Trabalho
Título
TROMBOSE PORTAL EM TRANSPLANTAÇÃO HEPÁTICA – A NOSSA EXPERIÊNCIA E AS ALTERNATIVAS CIRÚRGICAS
Introdução
Pretendemos avaliar a população de transplantados com trombose portal no período de 12/2009 a 08/2018, incluindo-se o pré-transplante, a técnica cirúrgica, o pós-operatório, a recorrência de trombose portal e a sobrevida.
Material e Método
No total de 847 transplantados hepáticos neste período temos 70 doentes com diagnostico de trombose portal. Excluíram-se os re-transplantes e os doentes transplantados por falência hepática aguda.
Resultados
A incidência de trombose nos doentes transplantados neste período de tempo é de 8%; dos quais cerca de 50% não era conhecida no pré-transplante. Dos 70 doentes com trombose portal, 91% tinham eco-doppler ou angioTC nos 3 meses que antecederam o transplante. 40% apresentavam trombose grau I, 39% grau II e 21% grau III. Dos doentes com trombose diagnosticada no intra-operatório, 60% apresentavam trombose grau I. 87% dos doentes com trombose realizaram trombectomia e anastomose portal direta, sendo que os restantes necessitaram de recurso a outras técnicas cirúrgicas incluindo reconstrução com enxerto venoso. A recorrência de trombose foi de 5%. A lesão renal aguda, a hemorragia e a sépsis foram as complicações mais frequentes no pós-operatório. A mortalidade operatória foi de 16%. A sobrevida ao primeiro ano é ligeiramente inferior no grupo de doentes com trombose portal (78%) que no grupo de doentes sem trombose (84%).
Discussão e Conclusões
A trombose portal é sub-diagnosticada, mas não é mais considerada uma contra-indicação para transplante, tendo os doentes boa sobrevida pós transplante.
Palavras Chave
trombose portal, transplante hepático
Área
FÍGADO - Registros/Resultados do Centro
Instituições
HOSPITAL CURRY CABRAL - - Portugal
Autores
NÁDIA SILVA, JOÃO SANTOS COELHO, PAULINO PEREIRA, AMERICO MARTINS