Dados do Trabalho

Título

Rejeição de transplante de córnea em Rondônia

Introdução

O transplante de córnea é o principal método para reabilitação visual que atende com sucesso a maioria das causas de cegueira corneal. Este sucesso se deve ao fato de ser um órgão isento de vasos sanguíneos e linfáticos e por ter baixa expressão de antígenos de histocompatibilidade (MHC) tipo I e II. Fatores como a qualidade do tecido do doador e dos cuidados no pós-operatório são responsáveis pela eficácia ou não do transplante. Este estudo analisa a taxa de reoperação em pacientes submetidos a transplantes ópticos entre os anos de 2014 e 2018 para identificar a principal causa da falência do transplante óptico no estado de Rondônia.

Material e Método

Estudo observacional, descritivo, retrospectivo de registros de pacientes transplantados cadastrados no serviço de transplante de córnea do estado de Rondônia (2014-2018).

Resultados

O presente estudo mostra uma taxa total de retransplante de 10,38% (32/308) dos transplantes ópticos realizados. A idade média dos pacientes que foram retransplantados é de 52,8 anos, sendo os extremos 19 e 76 anos. As principais indicações para a reoperação foram: falência primária do enxerto 10 (31,3%), falência secundária do enxerto 17 (50%), ceratopatia bolhosa 7 (21,9%), leucoma 5 (15,6%), ceratite intersticial 2 (6,3%), anomalias corneanas congênitas 1 (3,1%) e úlcera de córnea sem resposta ao tratamento 1(3,1%).

Discussão e Conclusões

Verifica-se que a taxa de reoperados é pequena em relação a outros estados brasileiros como São Paulo e Goiás, que apresentam cerca de 17% de falências, porém torna-se superior quando comparado à estudos feitos nos Estados Unidos que apontam uma taxa de 6%. Torna-se necessário novo estudo para conhecer os fatores passíveis de monitoramento para prevenção da rejeição da córnea pós-transplante.

Palavras Chave

Rejeição de enxerto; Ceratoplastia; Reoperação.