Dados do Trabalho


Título

Priorização por ausência de acesso vascular no transplante renal: um paradoxo?

Introdução

O desgaste dos acessos vasculares para hemodiálise caracteriza-se como a principal emergência ao transplante renal. O objetivo deste estudo foi avaliar o prognóstico do transplante em situação de priorização por falta de acesso.

Material e Método

Trata-se de um estudo observacional transversal. A alocação dos órgãos foi realizada por crossmatch virtual epitópico após 2016.

Resultados

De 1636 pacientes submetidos a transplante renal de 09/2008 a 12/2017, 30(1.8%) foram priorizados por falta de acesso vascular, sendo 20(64,5%) do gênero feminino e 14(45%) hiperimunizados (cPRA≥80%). O tempo médio de espera para o transplante foi de 60 dias, sendo de 8 dias para não hiperimunizado e 120 dias pra os hiperimunizados. Após 2016, com a mudança da regra de alocação, o tempo de espera médio dos hiperimunizados diminuiu para 57 dias. A sobrevida em 1 ano dos pacientes priorizados foi de 53% e do enxerto renal de 33%. As causas de óbitos mais frequentes foram choque hemorrágico e choque séptico no pós operatório precoce. A sobrevida do enxerto renal censurada por morte no primeiro ano foi 56%.

Discussão e Conclusões

Apesar de referido como a principal alternativa diante do esgotamento de acessos vasculares, o transplante renal apresenta-se com resultados precários em situação de priorização.

Palavras Chave

Priorização, Falta de acesso vascular, Transplante renal

Área

RIM - Registros/Resultados do Centro

Instituições

INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRADA PROFESSOR FERNANDO FIGUEIRA-IMIP - Pernambuco - Brasil

Autores

SAMUEL ALENCAR CAVALCANTE, JOAO MARCELO MEDEIROS ANDRADE, AMARO MEDEIROS ANDRADE, MARCIA CAMARA AVELINO, CIDCLEY NASCIMENTO CABRAL, BARBARA SOUSA LUZ PRAZERES, RUBEN CORREA OLIVEIRA ANDRADE FILHO, MIRNA DUARTE MEIRA, LUISA QUEIROGA OLIVEIRA FERREIRA, RUY LIMA CAVALCANTI NETO