Dados do Trabalho

Título

A VITAMINA D E SUA ASSOCIAÇÃO COM COMPLICAÇÕES CLÍNICAS E METABÓLICAS EM PACIENTES SUBMETIDOS À TRANSPLANTE RENAL

Introdução

Níveis ideais de vitamina D têm sido associados à redução do risco de diabetes mellitus, doenças cardiovasculares e câncer. Não há recomendações específicas para o manejo da insuficiência/deficiência de vit. D em transplante.

Material e Método

Estudo de coorte prospectivo, com pacientes submetidos a transplante renal (TR) de abril de 2017 a fevereiro de 2018, seguidos por 6 meses. Os pacientes foram divididos em dois grupos em relação à vitD: deficiente/insuficiente (grupo I) e suficiente (grupo II), e a associação entre vitD e complicações clínicas/metabólicas foi testada.

Resultados

O estado da vitD foi deficiente em 7,9 %, insuficiente em 69,8% e suficiente em 22,2 %, sendo que 55,6% não alteraram a sua classificação em 6 m, 22,2% melhoraram e 22,2% pioraram. O sexo feminino e a cor negra do receptor associaram-se a níveis significativamente menores de vitD. O uso ou não de protetor solar ou de prednisona não estiveram associados ao estado da vitD. Não houve diferença nas complicações clínicas (rejeição aguda, infecções, reinternamentos e alteração na função renal) e metabólicas (diabetes mellitus, hipertensão arterial, dislipidemia, síndrome metabólica e obesidade) entre os grupos I e II. Foram detectados níveis significativamente mais baixos de hemoglobina e mais altos de triglicerídeos nos pacientes do grupo I. Em relação ao risco cardiovascular, observou-se valores significativamente maiores da relação cintura/quadril no grupo I aos 3 e 6 m pós-TR.

Discussão e Conclusões

A prevalência de hipovitaminose D foi elevada e a maior parte dos receptores não apresentou alteração na classificação da vitD ao longo de 6m. Foram observadas poucas associações significativas entre a vitD e as variáveis pesquisadas, sendo necessários estudos adicionais com maior tempo de seguimento.

Palavras Chave

VITAMINA D, TRANSPLANTE DE RIM