Dados do Trabalho

Título

ANÁLISE COMPARATIVA DA ATUAÇÃO EXCLUSIVA DO ENFERMEIRO NOS PROTOCOLOS DE MORTE ENCEFÁLICA EM UM HOSPITAL DO SUL DE MINAS

Introdução

A Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT) iniciou no Brasil em 2005. No Hospital de Clínicas de Itajubá teve início em 2012, e em 2016 criou-se um diferencial direcionando uma enfermeira exclusiva para as atividades da comissão. O presente estudo avaliou os benefícios dessa ação nos resultados da CIHDOTT em protocolos efetivos e nos desfechos com doações.

Material e Método

Realizado levantamento nos arquivos da CIHDOTT, comparando os dados do período onde o enfermeiro associava tarefas da unidade de internação e acompanhamento dos protocolos de morte encefálica (ME) com os dados de quando foi destinado um enfermeiro para a comissão, e busca nos bancos de dados: Pubmed e Scielo.

Resultados

De 2012 a 2016, quando a participação do enfermeiro não era exclusiva, obtivemos 39 protocolos com 13 doações, ou seja 7,8 protocolos/ano, no período de 2017 a 2018, quando a atenção de enfermagem era exclusiva, totalizamos 50 protocolos com 12 doações, sendo a média de 25 protocolos/ano, observando um aumento de 220% na abertura de protocolos de ME. Ressaltamos também que associado ao aumento de protocolos realizados houve um impacto de 130% de aumento em doações efetivas ao ano.

Discussão e Conclusões

A literatura mostra o déficit na atenção ao serviço da CIHDOTT, por limitações nos recursos humanos e financeiros, elevado tempo de abertura do protocolo, espera dos exames comprovatórios e recusa familiar. Não foram encontrados dados com atuação exclusiva do enfermeiro para tal atividade. Já em nosso hospital, após selecionar uma enfermeira exclusiva para a comissão, observamos uma melhora na busca ativa de potencial doador, aumento dos protocolos, maior agilidade na realização dos exames comprovatórios de ME, melhor abordagem e aceitação familiar para doação.

Palavras Chave

doação de órgãos, morte encefálica