Dados do Trabalho

Título

ANÁLISE DE TRANSPLANTES RENAIS COM DOADORES VIVOS DO ANO DE 2010 A 2018 NO BRASIL

Introdução

O transplante renal intervivos contribui para diminuição da lista de espera, apresentando melhor taxa de sobrevida do enxerto, porém oferece ao doador riscos inerentes ao ato cirúrgico, além da incerteza de que futuras patologias possam danificar seu rim único. O objetivo deste estudo foi analisar estatisticamente os transplantes realizados no Brasil com doadores vivos de 2010 a 2018.

Material e Método

Constitui um estudo exploratório, quantitativo, transversal e retrospectivo, sendo baseado em dados do Registro Brasileiro de Transplantes, referentes ao transplante renal intervivos no período de 01/01/2010 a 31/12/2018.

Resultados

Entre 2010 e 2018, ocorreram no país 49171 transplantes renais, incluindo doador falecido e vivo. Destes, 12140 (24,7%) foram doadores vivos, distribuídos em doadores parentes (80,9%), não parentes cônjuges (12,9%) e não parentes não cônjuges (6,2%). A quantidade de transplantes renais em doador vivo declinou cerca 38,5% neste período. A sobrevida do enxerto apresentou média de aproximadamente 85,3%, com sobrevida do paciente de cerca de 93,6%, havendo redução tanto no percentual de sobrevida do enxerto (de 93% para 80%) quanto no do paciente (de 97% para 91%). Já a sobrevida do enxerto de doador falecido foi em média 72,8% e a sobrevida do paciente 86,4%. Quanto às regiões do país, a maior parte dos transplantes renais de doadores vivos nos anos alvos do estudo ocorreu no Sudeste, com total absoluto de 7876 (64,9%), com o maior número no estado de São Paulo.

Discussão e Conclusões

Foi evidenciado queda no número anual de transplantes intervivos e aumento no de falecidos. A média percentual de sobrevida do enxerto e do receptor permaneceram superiores à do falecido, entretanto esta sofreu uma redução no período considerado.

Palavras Chave

Transplante renal, Doadores vivos.