Dados do Trabalho

Título

Análise da prevalência de infecção por citomegalovírus em transplantados hepáticos em um hospital oncológico do interior do Paraná

Introdução

A infecção por citomegalovírus (CMV) é frequente em pacientes submetidos a transplante, tendo consequências diretas e indiretas sobre o paciente e o enxerto, como altas taxas de replicação viral, perda do enxerto e morbidade devido a infecções oportunistas. O
objetivo é Identificar a incidência de casos positivados para CMV após transplante hepático.

Material e Método

Estudo quantitativo, descritivo, retrospectivo, analisando todos os pacientes submetidos a transplante hepático no período de setembro de 2017 a março de 2019. Os dados foram analisados por meio de estatística descritiva simples.

Resultados

Foram realizados 78 transplantes, e destes, 8 pacientes (10,25%) apresentaram resultado positivo detectado para o exame de CMV, realizado através da pesquisa do DNA viral pela reação em cadeia da polimerase (PCR). Destes pacientes 87,5 %
do sexo masculino. Quando à patologia de base: insuficiência hepática aguda (1 paciente); cirrose viral C e carcinoma hepatocelular (1); cirrose bliar primária (1), cirrose alcoólica (2), cirrose por esteatohepatite não-alcóolica (2) e cirrose criptogênica (1). Ao analisar o tempo decorrido entre o transplante e a positivação para CMV, observou-se uma média de 38 dias. Em relação ao desfecho, 5 pacientes (62,5%) evoluíram para óbito e 3 (37,5%) receberam alta hospitalar.

Discussão e Conclusões

A incidência de doença por CMV em pacientes transplantados hepáticos se mostrou inferior ao encontrado nas literaturas, no entanto com alta morbimortalidade. Por ser uma complicação esperada no paciente transplantado de fígado, a identificação precoce de infecção por CMV e seu monitoramento é de extrema importância, evitando-se agravamento do quadro com consequentes desfechos desfavoráveis.

Palavras Chave

citomegalovírus, transplante hepático, infecção