Dados do Trabalho

Título

TRANSPLANTE HEPÁTICO COMO RESGATE NA RECIDIVA DE HEPATOCARCINOMA

Introdução

A doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA) é uma das principais causas de hepatopatia crônica em todo o mundo. Nos EUA tornou-se a segunda principal causa de transplante de fígado, aumentando também a incidência do hepatocarcinoma (CHC) em fígados com DHGNA. A ressecção hepática no CHC apresenta altas taxas de recidiva.

Material e Método

Paciente C.M.R., sexo feminino, 46 anos, atendida no hospital Samaritano de São Paulo em setembro de 2017 com achado de nódulo hepático novo e colelitíase. Antecedente de diabetes melitus tipo 2 insulino dependente e DHGNA Child Pugh 5A, sem hipertensão portal. Realizada ressecção hepática não regrada e colecistectomia laparoscópica, permaneceu livre de doença até março de 2018, quando surgiram outros nódulos. Realizado lobectomia esquerda e ressecção hepática não regrada, associado a radio-ablação intraoperatória em nódulo do fígado remanescente. Após nova recidiva foi solicitado o transplante como situação especial para CHC e quimioembolização realizada no mesmo mês de agosto de 2018.

Resultados

Transplante de fígado com doador falecido em dezembro de 2018. Recebeu alta hospitalar no décimo quarto pós operatório. O fígado transplantado em estudo anatomo-patológico apresentava 17 nódulos de CHC. A paciente encontra se livre de doença nos dias atuais.

Discussão e Conclusões

Fatores como número de nódulos, função hepática, presença de hipertensão portal e ressecções hepáticas maiores estão relacionados ao prognóstico e influenciam a decisão entre transplante e ressecção como tratamento.No caso, um nódulo único em paciente com função hepática preservada e submetida a ressecção hepática menor houve a recidiva precoce, sendo que o transplante serviu como resgate no tratamento.

Palavras Chave

transplante hepático, tratamento de resgate, hepatocarcinoma, doença hepática gordurosa não alcoólica