Dados do Trabalho

Título

Análise Epidemiológica dos Transplantes Renais Realizados no Brasil (2013-2017)

Introdução

Atualmente, o transplante renal (TR) é uma intervenção médica capaz de aumentar a sobrevida de pacientes com doença renal crônica (DRC) em estágio terminal. Dessa forma, o reconhecimento de seus parâmetros estatísticos é importante para o planejamento de estratégias para estruturação de recursos financeiros e físicos no âmbito nacional.

Material e Método

Tratou-se de um estudo de séries temporais, utilizando-se informações provenientes do Registro Brasileiro de Transplantes e do DATASUS compreendidas entre 2013 a 2017. Foram resgatadas as seguintes variáveis: “número de TR (doador vivo + falecido) por milhão de população (TR/pmp)”, “pacientes ativos em lista de espera para TR” e “quantidade trimestral de internações para tratamento de DRC”. Os valores foram tabulados em planilhas e analisados estatisticamente por meio da correlação de Pearson (com auxílio do software Bioestat 5.3).

Resultados

No período avaliado, a média de TR/pmp foi de 27.5±1.3, sendo 77.28% realizado a partir de doador já falecido. O número de indivíduos ativos na fila de espera para TR variou entre 16.302 (4° trimestre de 2013) a 21.264 (4° trimestre de 2016) e 262.247 internações para tratamento de DRC foram reportadas no Sistema Único de Saúde. O número de internações por DRC mostrou correlação positiva muito fraca com a taxa de TR/pmp (r = 0.011; p = 0.96), porém, forte com o número de indivíduos na fila de espera para o TR (r = 0.650; p = 0.0019).

Discussão e Conclusões

O TR é um dos procedimentos médicos mais importantes em âmbito nacional. No entanto, o crescimento de pacientes candidatos ao TR acaba por não ser relacionado, a priori, no incremento da taxa de sua realização, sendo tal fato um possível reflexo das dificuldades estruturais e técnicas ainda vigentes.

Palavras Chave

Transplante renal, Doença renal crônica, Epidemiologia, Internação, Fila de espera