SOBREVIDA DO ENXERTO RENAL AO FINAL DO TERCEIRO ANO PÓS TRANSPLANTE
A sobrevida média de um enxerto renal é de aproximadamente 10 a 15 anos, características relacionadas ao paciente que recebeu o órgão, como número de transfusões sanguíneas, transplantes anteriores; intercorrências ocorridas no momento do transplante renal, uso correto dos imunossupressores e ao próprio órgão que foi doado (doador vivo ou morto) terão impacto direto na sobrevida e funcionamento do órgão.
Estudo retrospectivo de abordagem quantitativa, realizado em um hospital universitário de grande porte no interior de Minas Gerais, referência regional para Transplante Renal. Foram analisados dados estatísticos do período de 2010 à 2015, consultados no Sistema de Informação e Estatística Hospitalar (SIEH), o qual está disponível on-line para amplo acesso.
No período estudado foram realizados 151 transplantes renais, dos quais, 36 (23,84%) indivíduos transplantados perderam o enxerto em até três anos pós-transplante. A maioria (29/19,20%) das perdas de enxerto aconteceu no primeiro ano após o procedimento, enquanto 6 (3,97%) clientes perderam o enxerto no segundo ano e 1 (0,66%) no terceiro ano após a realização do transplante renal. Portanto, ao final do terceiro ano, a equipe transplantadora apresentou 76,16% (115) de sucesso terapêutico e sobrevida do enxerto.
Faz-se necessárias novas pesquisas que busquem conhecer as causas de perda de enxerto para atuação precoce da equipe de saúde, viabilizando a sistematização do cuidado de enfermagem, para a prevenção das complicações no pós-transplante. Além de pesquisas que viabilizem drogas imunossupressoras que tragam menos efeitos adversos ao paciente.
Doença Renal Crônica; Transplante de Rim; Sobrevida.
Rim
Universidade Federal de Mato Grosso - Mato Grosso - Brasil, Universidade Federal de Uberlândia - Minas Gerais - Brasil
Thais Pedroso Martins Souza, Fabiana Silva, Deusdélia Dias Magalhães Rodrigues, Janaina Lamin Rezende, Heleno Batista de Oliveira, Richarlisson Borges de Morais