Título

Alocação pelo MELD em São Paulo – 10 anos de história

Introdução

O aumento do número de doadores, otimizar sua utilização e diminuir a mortalidade em fila são obrigatórios para o sucesso da atividade transplantadora. Visando minimizar a mortalidade em lista de espera, a alocação de enxertos hepáticos pelo MELD favorece pacientes com maior risco de morte e tem impacto duvidoso no resultado do transplante. Analisamos o resultado dos 10 anos da utilização deste sistema de alocação no Estado de São Paulo, seu impacto na mortalidade em fila de espera e na sobrevida precoce de pacientes.

Material e Método

Dados da CNCDO/SP entre 01/01/2007 a 31/12/2016, com análise da mortalidade em fila de espera, taxa de utilização de doadores, porcentagem de transplantes por situações especiais e sobrevivência de 5166 pacientes transplantados de fígado.

Resultados

De 2007 a 2016, apesar do aumento do número de fígados disponibilizados de 153,3%, o número de transplantes, no entanto, passou de 317 para 486, representando um aumento de 53.81%. A utilização dos doadores passou de 88,3% em 2007 para 53.4% em 2016. Neste mesmo período, os rins disponibilizados aumentaram de 162.64%, acompanhado do aumento de transplantes de 144,23%, e utilização dos enxertos renais de 87,6% em 2007 e 81,5% em 2016.
Dentro do mesmo período, a taxa de mortalidade em lista de espera passou de 17,8% (2007) para 38,22% (2016). Os transplantes por situações especiais, no entanto, passou de 35,87% em 2007 para 49.06% em 2016.
A sobrevivência de 90 dias foi, respectivamente, 78,9%; 79,1%; 79,16%; 75,55%; 75,26%; 78,11%; 77,51%, 80,62%, 75,9% e 77,78% entre 2007 e 2016.

Discussão e Conclusões

Apesar do aumento do número de doadores disponibilizados houve aumento da mortalidade em lista de espera para transplante de fígado. Alem disso, aumentaram os transplantes devido a situação especial e menor utilização dos enxertos disponíveis.

Palavras Chave

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