Infecções cutâneas em transplantados renais: relato de dois casos
CMV é um vírus muito prevalente, membro da família Herpesviridae, que pode se apresentar como forma de infecção cutânea em imunocomprometidos. Apesar de raro, é importante reconhece-los pois podem preceder infecções sistêmicas.
Relatamos o caso de dois pacientes acompanhados no serviço de transplante renal do Hospital Federal de Bonsucesso, que tiveram lesões cutâneas e evoluiram com infecções sistêmicas por infecções virais no primeiro ano de transplante.
Caso 1: Paciente de 59 anos, transplante renal por doador falecido em 05/2016, com sorologia prévia para CMV positiva, evolui 2 meses após o transplante com lesões ulceradas em face e diarreia, sendo realizada biopsia da lesão em face e EDA com biopsia sendo feito diagnóstico de CMV
Caso 2: Paciente de 55 anos, transplante renal por doador falecido em 10/2016, com sorologia prévia para CMV positiva, evolui 5 meses após transplante com lesões ulceradas e após alguns dias diarreia e leucopenia, sendo realizada biopsia de lesão, com diagnóstico de Herpes simplex.
A infecção cutânea por CMV pode mimetizar infecção por herpes, sendo um importante diagnóstico diferencial nessa população. A detecção precoce com biopsia de pele deve ser considerada.
CMV, Herpes simplex, infecção cutânea, transplante renal
Rim
Hospital Federal de Bonsucesso - Rio de Janeiro - Brasil
Isabela Ossaille, Livia Lima, Alvaro Borela, Onofre Barros, Claudia Fagundes, Maria Izabel Holanda, Denise Glasberg, Tania Rios, Maria Eliza Levandoski, Thiago Vargas