Título

TEMPO DE PERMANÊNCIA EM FILA DE TRANSPLANTE HEPÁTICO EM UM CENTRO DE TRANSPLANTES DO RIO DE JANEIRO

Introdução

O transplante hepático é o tratamento de escolha para pacientes doença terminal do fígado. O número de pacientes em lista para o transplante de fígado aumenta progressivamente em relação ao número de órgãos disponíveis. Apesar de a taxa de doações no país ter atingido a marca de 13,2 por milhão de habitantes, ainda não é suficiente, visto que a mortalidade em fila ainda é expressiva. Este trabalho tem o objetivo de avaliar o tempo de permanência em fila e a quantidade de transplantes realizados pela equipe de transplante hepático de um hospital na cidade do Rio de Janeiro.

Material e Método

Estudo retrospectivo com coleta de dados das fichas de inscrição dos pacientes na fila para transplante hepático. Foram inseridos na análise pacientes acompanhados pelo Hospital Adventista Silvestre de junho de 2010 a março de 2017. Foram coletadas as variáveis ano de inscrição, ano de saída e tempo em fila. Os desfechos analisados foram transplante ou saída de fila por óbito ou por outros motivos.

Para análise estatística, foi utilizado o programa SPSS para Windows. As variáveis numéricas foram expressas por mediana e intervalo de confiança de 95%.

Resultados

No período, foram realizados 419 transplantes (81%) e a taxa de saída de fila por óbito foi de 11%. O tempo de permanência em fila, em dias, foram; 2010: 110 (65-155); 2011: 113 (78-148); 2012: 116 (75-155); 2013: 195 (140-250); 2014: 152 (125-180); 2015: 112 (85-139); 2016: 78 (60-95); 2017: 17 (8-26).

Discussão e Conclusões

O tempo em fila vem reduzindo gradativamente desde 2013. Nossa média da taxa de mortalidade em fila é menor que a média nacional segundo dados da ABTO (11% vs 15%). Este resultado pode ser uma combinação do aumento da oferta de órgãos e ampliação da equipe do centro.

Palavras Chave

transplante hepático, tempo em fila, óbito