O APROVEITAMENTODE RINS DE DOADOR FALECIDO NO RIO GRANDE DO SUL EM 2013 - 2016
O cenário de escassez de órgãos para transplantes bem como os custos envolvidos na logística do processo de doação e transplante fazem necessário a análise dos resultados para identificar pontos de melhora. Dessa forma, é importante termos a taxa de descarte de órgãos regional em comparação à taxa mundial.
O número de órgãos descartados é calculado subtraindo o número de rins transplantados do número de rins captados para transplante. Esse número é utilizado para calcular a taxa de descarte.
No Rio Grande do Sul, dados obtidos da Central de Transplantes do RS, evidenciam 386, 418, 477 e 561 rins captados no RS nos anos de 2013, 2014, 2015 e 2016, respectivamente. Destas captações houve 58 (15%), 93 (22%), 125 (26%), 179 (32%) descartes nesses anos. O principal motivo de descarte nos anos de 2015 e 2016 foram alteração morfológica (55%), má perfusão (19%), condição do doador (18%), sem receptor (5%) e tempo de isquemia (3%).
Os resultados sugerem que no RS a taxa de descarte de rins no período estudado foi superior a relatada na literatura. Outros estudos com avaliação do motivo do descarte dos órgãos podem ser úteis para melhora da taxa de aproveitamento e análise da utilização de órgãos com critérios expandidos.
Aproveitamento de rim
Rim
Central de Transplantes do RS - Rio Grande do Sul - Brasil
Katia da Silva dos Santos, Andrea Silveira Gomes, Cristiano Augusto Franke, Rafael Ramon da Rosa, Sandra Rodrigues Santos