Título

Implantação da proposta de equipe multidisciplinar para acolhimento das famílias do potencial doador em um Hospital do Litoral Norte do Rio Grande do Sul

Introdução

Uma das principais causas para falta de órgãos para transplante é a recusa familiar. Este trabalho apresenta a proposta de uma estratégia implementada num hospital do litoral norte do RS com foco na qualificação do acolhimento prestado.

Material e Método

Relato de experiência descritivo e análise de indicadores da CIHDOTT e confrontados com relatórios periódicos de Feedback da OPO II.

Resultados

Após escuta ativa de familiares que recusaram a doação e após revisão dos processos praticados em nosso hospital, foi proposta uma nova forma de abordagem a familiares de potenciais doadores (PD). Para tal, a equipe assistencial da CIHDOTT foi dividida em dois braços de atuação. O primeiro, composto por médicos e enfermeiros, segue o modelo vigente em algumas instituições, atendendo o Potencial Doador (PD) em tempo integral. O segundo grupo, composto por psicólogo, assistente social e terapeuta ocupacional, atende aos familiares mantendo contato durante toda a duração do protocolo. Em 2014, foram realizadas 15 entrevistas (100%) e 7 negativas (46,67%). No ano de 2015, durante a implementação do núcleo, tivemos 12 (100%) entrevistas, chegando a 4 negativas (33,33%). Finalmente, em 2016, foram 19 entrevistas (100%) com a recusa de 3 (15,79%).

Discussão e Conclusões

A autonomia da família deve ser respeitada durante todo o processo, e todo familiar tem o direito de se posicionar em relação à doação, sendo respeitado e acompanhado para que possa melhor assimilar o luto. Torna-se necessária a avaliação estatística complementar para determinar a relevância dos resultados obtidos. Contudo, o retorno no levantamento qualitativo por parte dos familiares, parece indicar que a estratégia implantada leva à resultados favoráveis no processo descrito.

Palavras Chave

Doação de órgãos; Entrevista Familiar; Recusa Familiar; Equipe Multidisciplinar;