Transplante Renal no Estado de São Paulo: uma abordagem exploratória.
O Sistema Nacional de Transplantes (SNT) presente no Brasil regulamenta o maior programa público de doação e transplantes de órgãos do mundo, onde a lei 9434 em 1997 trouxe diretrizes para o processo de doação e transplantes de órgãos no Brasil. O transplante renal teve seu início em 1988 com número de 920 (5,8 pmp) transplantes realizados, número esse que teve um aumento expressivo no ano de 2010 para 4.630 (24,1 pmp). O objetivo desta pesquisa foi identificar o índice de transplante renal no Estado de São Paulo no período de janeiro de 2010 á dezembro de 2016, identificando possíveis variações e suas razões.
Trata-se de um estudo retrospectivo com análise dos registros publicados pela Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), em seu Registro Brasileiro de Transplantes (RBT).
Através da pesquisa realizada no período de 2010 a 2016, observou-se que houve uma oscilação na média de transplantes nas datas apresentadas, sendo elas multicausais. Foi evidenciada a diminuição de doadores não vivos de 2,4%; em relação aos transplantes de doadores vivos que vinha caindo relativamente nos últimos 7 anos, estabilizando –se com crescimento de 0,9%.
O estado de são Paulo é um dos únicos estados que atingiu a meta esperada de transplante de doadores vivos sendo de 10 pmp, onde São Paulo possui o registro de 12,9 pmp; a de transplante de doadores não vivos, não parente e não cônjuge cresceu para 6,7%. São Paulo possui uma taxa de doação de 46,2 pmp, ficando apenas para PR (48,6 pmp) e RS (48,2 pmp).
Estas oscilações que ocorrem no transplante de renal, mesmo não sendo muito significativas, podem gerar impactos futuros, principalmente pelo fato de haver crescimento continuo de indivíduos que necessitam do transplante, ocasionados pelas doenças genéticas e comorbidades.
renal
Enfermagem
universidade de sorocaba - São Paulo - Brasil
cleber muratt, Thamirys Santos Souza, Gabriela Canella, Laís Pais Almeida